A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (11) um pedido do procurador-geral do Texas, Ken Paxton, para a rejeição de milhões de votos de eleitores em estados decisivos que acabaram apoiando o presidente eleito Joe Biden.
Paxton agiu apoiado pelo presidente Donald Trump, de quem é aliado. O objetivo do procurador-geral era processar os estados da Pensilvânia, Michigan, Geórgia e Wisconsin, a fim de invalidar os resultados eleitorais desses estados.
A Corte não divulgou uma contagem de votos entre seus integrantes, mas não houve divergências quanto à decisão de sequer permitir que um processo com esse fim fosse instaurado. Os juízes Samuel Alito e Clarence Thomas disseram que teriam autorizado o registro do pedido, mas não fariam outras concessões.
A decisão da Suprema Corte é o maior indicativo de que Trump não tem chance de reverter na Justiça a derrota nas eleições, uma vez que boa parte dos juízes que rejeitaram os pleitos do republicano são aqueles indicados com o apoio do atual presidente.
Com a aproximação do Colégio Eleitoral, que está marcado para se reunir na segunda-feira (14), quando devem confirmar a vitória de Biden e da vice-presidente eleita Kamala Harris, Trump vê as suas opções se tornando mais escassas.
Nesta semana, o presidente, procuradores-gerais republicanos e parlamentares do partido tentaram pressionar a Suprema Corte a dar um parecer favorável a Trump, o que, vê se agora, não aconteceu.
Em meio a tudo isso, Donald Trump vê seu time jurídico sendo atingido por uma série de novos casos do novo coronavírus sendo confirmados em advogados que viajaram o país nas últimas semanas atuando em favor dele, apresentando ações diversas para tentar reverter a derrota nas urnas.