O Ministério das Relações Exteriores informou, na tarde deste domingo (8), que um brasileiro está ferido e outros três desaparecidos na área de conflitos entre Israel e o grupo Hamas. O brasileiro ferido recebeu tratamento hospitalar e já recebeu alta. Os nomes desses brasileiros não foram informados pela pasta.
Todos eles têm dupla nacionalidade e estavam em uma festa organizada pelo pai do DJ Alok, no distrito sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza, segundo o Itamaraty.
A festa, denominada Universo Paralello, teria sido interrompida pelo ataque surpresa de combatentes do Hamas ao país, que se infiltraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). O ataque fez eclodir nova guerra na região, declarada pelo premiê israelense, Binyamin Netanyahu.
A rave se pronunciou por meio do seu Instagram e lamentou o ocorrido. “O ataque não foi somente na região do evento, mas orquestrado simultaneamente em todo o país com mais de 2.000 mísseis. Estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso”, disse.
“As fontes que temos estão em choque e em risco se protegendo de uma guerra declarada. Não temos informações precisas sobre o ocorrido e sobre o público que estava no festival. Iremos publicar informações sobre o festival em breve. Pedimos compreensão neste momento de mais profunda tristeza.”
Um dos brasileiros desaparecidos seria Ranani Glazer, gaúcho que vivia em Israel há sete anos. Ele estaria acompanhando da namorada e de um amigo durante a festa.
O Itamaraty deixou dois telefones e números de WhatsApp da embaixada em Tel Aviv à disposição para o atendimento de brasileiros em situação de emergência em Israel: +972 (54) 803 5858 e +972 (59) 205 5510. Além disso, o plantão consular geral também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.
A embaixada em Tel Aviv colheu, até o momento, por meio de formulário online, os dados de cerca de mil brasileiros e de seus dependentes, a maioria deles turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém. O formulário pode ser preenchido neste link. Nem todos pediram repatriação ou ajuda para deixar Israel.