O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início da retirada de parte das tropas que se exercitavam perto das fronteiras da Ucrânia, em meio a tensões com o Ocidente por uma possível invasão russa.
Putin, no entanto, não especificou quantos soldados estão envolvidos na volta às suas bases permanentes, apenas que eles fazem parte dos distritos militares Ocidental e Sul, em áreas contíguas ao território ucraniano. O anúncio foi feito às agências de notícias russas pelo Ministério da Defesa.
A medida anunciada por Putin, que pode ser vista como aceno aos esforços diplomáticos para resolver o impasse, ocorre quando desembarca em Moscou o chanceler (premiê na definição alemã e austríaca) da Alemanha, Olaf Scholz, em sua primeira visita a Putin desde que assumiu a cadeira que foi por 16 anos de Angela Merkel..
Desde novembro, Putin concentrou ao menos 130 mil soldados em torno do vizinho e emitiu um ultimato buscando estabelecer um novo concerto de segurança no Leste Europeu mais a seu gosto, após 30 anos de expansão da Otan (aliança militar ocidental) e da UE (União Europeia) sobre os antigos satélites comunistas de Moscou.
O Ocidente rejeitou a ideia. Desde a semana passada, os Estados Unidos lideram uma onda alarmista, citando até a data de quarta como a de uma invasão, que chama de “iminente” desde o começo do ano. O Kremlin nega ter tal intenção, e por isso uma eventual retirada é politicamente vendável por Putin como algo natural.