O Governo de Trump proíbe transgêneros nas Forças Armadas dos Estados Unidos

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Trump afirmou ter consultado generais e especialistas. (Foto: Reprodução)

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump tomou uma decisão em relação aos transgêneros que tem um espírito completamente diferente do da Receita Federal brasileira. Foi bem ao estilo Trump. O presidente americano escreveu em uma rede social: “Os Estados Unidos não vão mais permitir ou aceitar transgêneros nas Forças Armadas”. Disse que os militares não podem ser “sobrecarregados com o tremendo custo médico e com a perturbação que a presença dos transgêneros causaria”. Os custos a que o presidente Donald Trump se referiu seriam as cirurgias de mudança de sexo e terapias hormonais que teriam que ser cobertas pelo plano de saúde dos militares. Em 2016, uma ONG que estuda as Forças Armadas americanas estimou que isso teria um impacto mínimo entre 0,04% e 0,13% de aumento nos gastos com a saúde dos militares. No mundo, 18 países já admitem militares transgêneros, entre eles Reino Unido, França, Israel e Canadá. Em junho de 2016, o ex-presidente Barack Obama autorizou que transgêneros servissem abertamente. A decisão passou a valer imediatamente para quem já estava na ativa, e o Pentágono começou a estudar também como novos transgêneros poderiam se alistar. Esse estudo já durava mais de um ano, agora, tudo parou. O anúncio na rede social, sem mais nenhuma explicação, gerou uma série de dúvidas. A principal é: o que vai acontecer com os transgêneros que já estão servindo, muitos em missões fora do país. Eles vão ser trazidos de volta e expulsos das Forças Armadas? A estimativa é que cerca de 2.500 militares transgêneros estejam na ativa e mais uns 1.500 na reserva. À tarde, a porta-voz da Casa Branca repetiu a mesma resposta para todas as perguntas: “A Casa Branca e o Pentágono vão trabalhar juntos para decidir como implementar a nova política anunciada pelo presidente”.