Joe Biden é eleito o novo presidente dos Estados Unidos, dizem agências

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Em discurso, Biden pediu união e “fim da raiva”. (Foto: Reprodução/Instagram)

Joe Biden está eleito e é o novo presidente dos Estados Unidos, dizem as principais agências de notícias norte-americanas, como CNN e Associated Press. A divulgação dos cálculos que permitem considerar Biden o novo presidente foi feita por volta das 13h30min deste sábado (7) – horário de Brasília.

Durante a madrugada deste sábado (7), o ex-vice-presidente ampliou sua vantagem na Geórgia e na Pensilvânia, e manteve a liderança em Nevada e no Arizona, indicando votos acima dos 270 necessários para a vitória eleitoral.

Já o atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, ganhava nos estados da Carolina do Norte e Alasca. No entanto, os 18 delegados que levaria pela vitória são insuficientes para permanecer na Casa Branca.

Na noite desta sexta-feira (6), Biden fez um novo pronunciamento à nação e afirmou que apesar de “não termos uma declaração final, os números são claros e dizem que nós venceremos”.

“Estamos na corrida para atingir os 300 delegados. Nós já temos 74 milhões de votos, a campanha mais votada da história. Seremos os primeiros democratas em anos a vencer na Geórgia e no Arizona”, disse ainda lembrando da virada nos dois estados há décadas republicanos.

No entanto, o ex-vice-presidente voltou a pedir “calma e paciência” para que “cada voto seja contado” e alertou que esse é o “tempo para dizer chega à raiva e a demonização da política”.

Por outro lado, Trump continua a defender a judicialização do processo, entrando com ações nas justiças estaduais e federais dos estados da Geórgia e da Pensilvânia para paralisar as contagens do que ele chama de “votos ilegais”, cédulas que teriam chegado aos centros eleitorais após o dia 3 de novembro.

No entanto, os dois estados já haviam definido, antes da data do pleito, que os votos seriam recebidos depois do dia 3 de novembro – em prazo que varia entre três e seis dias. Até o momento, apenas a Suprema Corte dos EUA, que tem maioria conservadora, ordenou que as cédulas que chegaram após a data das eleições na Pensilvânia sejam contabilizadas, porém separadas das demais.

Ainda segundo fontes da Casa Branca ouvidas pelas emissoras “Fox News” e “CNN”, o republicano se recusa a aceitar uma possível derrota e teria até dito a aliados que só deixaria a Casa Branca “sob chutes do Serviço Secreto”.

Sobre as recontagens, os estados envolvidos já têm legislações que determinam a recontagem dos votos no caso da diferença entre vencedor e perdedor ser menor do que 0,5 ponto percentual – o que ocorrerá sem a necessidade de intervenção judicial após a finalização da primeira apuração.

Comissão Eleitoral dos EUA diz que não há “evidência de fraudes”

Uma das representantes da Comissão Federal Eleitoral dos Estados Unidos, Ellen Weintraub, afirmou neste sábado (7) que “não há nenhuma evidência de fraudes” ou de “votos ilegais” nas eleições norte-americanas.

Em entrevista à “CNN”, Weintraub afirmou que há “pouquíssimas denúncias” de supostos crimes, mas que nenhum deles foi confirmado até o momento.

“Oficiais estaduais e locais e trabalhadores das eleições por todo o país realmente se reforçaram. Há pouquíssimas denúncias substanciais, deixe-me colocar desse jeito. Não há nenhuma evidência de nenhum tipo de fraudes. Não há evidência de votos ilegais sendo contados. De fato, e você nem precisa levar minha opinião em conta, porque as pessoas por todo o país, especialistas em eleições apartidários, vieram e lidaram com essa eleição e como ela foi conduzida”, disse Weintraub à “CNN”.

Apesar de não citar nomes, a fala da representante da Comissão foi uma clara referência ao presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, que desde o dia 3 de novembro está atacando a contagem de votos recebidos por correios porque eles estão beneficiando o seu adversário, o democrata Joe Biden.

Neste sábado, o republicano voltou a usar as redes sociais para acusar, sem nenhuma prova, que há “dezenas de votos ilegais, que foram recebidos após às 20h do Dia das Eleições”. Por sua vez, Biden vem pedindo “paciência” aos norte-americanos para que todos os votos sejam contados.