O corte de 30% no orçamento da Universidade Federal da Bahia (UFBA) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem provocado o levante de professores, estudantes, ex estudantes e especialistas em defesa da instituição de ensino baiana.
Além da capital, as manifestações em defesa de uma das maiores universidades federais do país está se expandindo por todo interior da Bahia. A exemplo dos ex alunos do curso de medicina da UFBA, Lino, Severino e Fernando, que trabalham no Hospital Municipal Dr. José Bastos, no município de São Félix do Coribe, e resolveram também, se posicionar. Postando uma foto com um bebê recém nascido, logo após terem ajudado uma mãe a realizar o parto, chamando a atenção para a importância da universidade pública. “Ainda há quem diga que em universidades se faz balbúrdia! E o cara ainda é ministro. Dá pra acreditar?”.
Inicialmente, o corte de recursos foi anunciado para três universidades federais: UnB (Universidade de Brasília), Ufba e UFF (Universidade Federal Fluminense). As instituições de ensino ficaram entre as 20 melhores universidades do país na última edição do RUF (Ranking Universitário Folha).
Segundo a plataforma de produção acadêmica Web of Science, as três estão entre as 11 instituições brasileiras que mais ampliaram o número de artigos de 2008 a 2017.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia indicado que se tratava de uma retaliação a atividades políticas ocorridas dentro dessas unidades, o que ele havia chamado de “balbúrdia”, e ao que considerou como fraco rendimento acadêmico.
Posteriormente, o governo federal estendeu o bloqueio de 30% dos recursos a todas as universidades federais. Após a repercussão negativa, o MEC afirmou que o critério do contingenciamento será técnico e isonômico.