O homem preso no último sábado (24) por montar um artefato explosivo perto do aeroporto de Brasília participou, no dia 30 de novembro, de uma reunião no Senado que tratava das eleições.
Na ocasião, a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor discutia a fiscalização de inserções de propagandas eleitorais com críticas à atuação do STF (Supremo Tribunal Federal).
As imagens da reunião mostram o empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, suspeito de tentar explodir um caminhão-tanque, sentado perto do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
Logo após a prisão em flagrante, Sousa chegou a confessar que o ato teve “motivação ideológica”. Segundo ele, a instalação da bomba tinha o objetivo de “dar início ao caos”. O homem afirmou que se deslocou do Pará até Brasília para participar de protestos contrários à eleição do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segurança
A Polícia Legislativa do Senado anunciou, na segunda-feira (26), mudanças que tornaram mais rígidas as regras para a entrada na Casa. Nos dias que antecedem a posse de Lula, todas as pessoas, com exceção dos senadores, estão obrigadas a passar pelo detector de metais antes de acessar o Senado. A medida vale, inclusive, para servidores.
Além disso, foi proibida a entrada de visitantes. Caso um senador entre com algum acompanhante, esse terá de fazer um cadastro e passar pelo detector de metais, assim como terceirizados, jornalistas e colaboradores. As novas regras também proíbem o acesso de entregadores de alimentos e motoristas de aplicativo.