Para reforçar a ideia de cuidado e prevenção contra o câncer de pele na população brasileira, principalmente com a chegada do verão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança a campanha “Dezembro Laranja”. Neste ano, o tema da campanha nacional de prevenção ao câncer da pele é ‘Se exponha, mas não se queime’. Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil. Para 2018 são estimados, no país, 2.920 novos casos de câncer de pele melanoma em homens e 3.340 em mulheres. Já os casos novos de câncer de pele não melanoma estimados são de 85.170 em homens e 80.410 em mulheres.
O câncer de pele é um tumor de pele provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. “A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento. A melhor forma de reduzir o risco de desenvolver a doença, é reduzir a exposição solar e fazer uso de protetor solar diariamente. Dessa forma, o sol não vira um vilão, e sim um grande aliado, explica a médica oncologista Ludmila Thommen.
O profissional de saúde Erasmo Tokarski, que atua na área da Dermatologia, Estética e Cirúrgica há mais de 30 anos, explica que o efeito do Sol é cumulativo, por isso é de extrema importância respeitar os horários mais favoráveis para se expor ao sol. “Antes das 10h e após às 15h, e também usar protetor solar adequadamente, aplicando de maneira uniforme em toda a pele e fazendo a reposição conforme indica o fabricante, diz o especialista”.
Tipos de câncer de pele
Diagnóstico
A doença pode ter o aspecto de uma pinta, uma pequena alergia ou outras alterações que, a princípio, pode parecer algo sem muita importância. Mas é fundamental ter o conhecimento da própria pele e saber em quais áreas existem esses sinais. Apenas o exame clínico ou a biópsia podem diagnosticar o câncer de pele. “Utilizamos um dermatoscópio, que é uma lente de aumento especial com fonte de luz própria para observar a lesão, e, se houver indicação realizamos a biópsia da pele”, explica o dermatologista.
Para ele, o importante é estar sempre atento a lesões na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce; e manchas ou feridas que não cicatrizam, continuam a crescer e causam coceira, crostas, erosões ou sangramentos.
Tratamento de câncer de pele tipo melanoma
De acordo com a oncologista Ludmila Thommen, a cirurgia é o mais indicado nos tumores iniciais, e dependendo do estadiamento do paciente é possível indicar radioterapia, imunoterapia ou terapia alvo.
É importante lembrar que o melanoma é o tipo de câncer de pele mais grave e, por isso, mais difícil de atingir a cura quando o tumor é identificado numa fase muito avançada. Ainda assim, estes tratamentos ajudam a reduzir os sintomas e a aumentar a expectativa de vida dos pacientes, como explica a Oncologista.
“Tivemos grandes avanços no tratamento do melanoma com muitas medicações de precisão chegando ao mercado e consequentemente melhorando os resultados”, conta.
Tratamento de câncer de pele não melanoma
O dermatologista Erasmo Tokarski explica que este tipo de tratamento é utilizado para o câncer de pele basocelular e espinocelular e é feito, na maior parte das vezes, apenas com o uso de cirurgia. Dependendo do estado de cada paciente, o médico pode recomendar algumas destas cirurgias.
Entretanto, o especialista alerta que nos casos em que o câncer está numa fase muito avançada, pode ainda ser necessário fazer quimioterapia ou radioterapia durante algumas semanas para eliminar as restantes células cancerígenas que não foram totalmente removidas na cirurgia. Exame