O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu nesta quarta-feira, 7, que o Senado vote o texto da reforma da Previdência que for aprovado pelos deputados federais, sem alterações, para evitar que a proposta volte à Câmara dos Deputados. Senadores articulam a elaboração de uma proposta paralela para incluir Estados e municípios na reforma.
Bolsonaro citou discordâncias com a equipe econômica ao ser perguntado sobre a proposta paralela.
“Eu tenho conversado aqui. A decisão, eu sou ouvido mais do que eles me ouvem. O que a gente pretende, eu pretendo, mas eu cedo, a equipe econômica ela pensa ao contrário, é que o que sai da Câmara vai tentar aprovar no Senado em havendo lá concordância porque, se não, volta para a Câmara”, respondeu Bolsonaro, ao deixar o Palácio da Alvorada após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na terça-feira, 6, Rodrigo Maia citou a possibilidade de na mesma PEC paralela discutir a reintrodução do sistema de capitalização, que foi retirado da proposta pelos deputados.
Sobre a aprovação do texto-base em segundo turno na Câmara, Bolsonaro manifestou expectativa de a proposta ser encaminhada ao Senado nesta semana.
Os deputados ainda precisam votar destaques que tentam alterar a proposta.
“Se Deus quiser, Previdência chega ao Senado nesta semana”, disse o presidente da República.