Circulam na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) sete pedidos de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar obras viárias no acordo de leniência com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), divulgado na última terça (19).
Por que nenhum vai para a frente? A política explica: não há apoio suficiente para iniciar uma investigação parlamentar. O regimento exige, no mínimo, 32 assinaturas para protocolar o pedido de inquérito. Atingir esse número é uma tarefa difícil na Alesp, tendo em vista que a base governista é de cerca de 70 entre os 94 deputados.
Os costumam chegar a um teto de 18 signatários, todos da oposição: 15 parlamentares do PT, 2 do PSOL e 1 do PC do B.
Em 9 de março, o PT começou a coletar assinaturas para investigar “improbidades e ilegalidades praticadas por agentes públicos e políticos” que “deram causa a fraude nas licitações e contratos na Nova Marginal, Rodoanel e Jacu Pêssego” na Dersa.
Coincidentemente, são obras citadas no relatório do Cade que trata dos cartéis entre empreiteiras em São Paulo. Desde então, só foi endossado por 18 signatários.