Terceiro suspeito por morte de homem dentro de carro em Ibotirama é preso

0
GrupoSCosta-350x250px

 

(Natália Verena/Polícia Civil/Divulgação)

Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (23) em Ibotirama, no oeste baiano, suspeito de envolvimento na morte de Marcello Leite Fernandes, 39 anos, em julho deste ano. Segundo a Polícia Civil, o preso é investigado como tendo sido o responsável por pilotar a moto usada no crime. Ele também foi autuado em flagrante por posse de uma pistola calibre 38, que pode ser a arma que matou Marcello. A pistola será periciada.

Na casa do acusado, no bairro Pinheiro, também foram apreendidas uma espingarda e seis munições. A segunda fase da Operação Petúnia cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na cidade.

Na primeira fase da operação, um vereador, presidente da Câmara de Vereadores do município, e um policial militar foram presos acusados de envolvimento no crime. Eles seguem custodiados à disposição da Justiça. “Agora totalizamos três prisões importantes deste grupo criminoso. Todo material apreendido na primeira e segunda fase foram essenciais para desarticular a quadrilha”, diz a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Andréa Ribeiro.

O DHPP trabalha com algumas linhas de investigação. Uma delas é que a vítima e um dos investigados teriam tido um desentendimento por conta da política local. Outra motivação investigada é uma disputa de terras.

Prisões
O presidente da Câmara de Vereadores de Ibotirama, Jean Charles Alexandre (PSB), e um policial militar foram presos nesta quinta-feira (8) suspeitos de participar da morte de  Marcello Leite Fernandes, de 39 anos, executado a tiros dentro do próprio carro na cidade do oeste baiano, em julho desse ano.

Jean Charles, que tem 44 anos, foi o vereador mais votado da cidade em 2020. Em 2018, Jean Charles foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo – estava com uma arma ponto 40 de uso restrito da polícia no carro. Na época, o vereador justificou a posse do armamento em virtude das ameaças que vinha sofrendo por causa da proximidade do júri dos asssassinos do seu irmão.

A motivação para as rixas que levaram ao crime não foi divulgada pela polícia até agora. Na época, bolsonarisas disseram que Marcello estava com uma camisa de presidente e que haveria teor político no homicídio.

O caso gerou repercussão entre os apoiadores do presidente. A pré-candidata a deputada federal pelo Republicanos, a deputada estadual Talita Oliveira apresentou, nesta terça-feira (26), uma Moção de Pesar na Assembleia Legislativa da Bahia pelo assassinato do bolsonarista.

“Dia triste para Ibotirama. Marcello não tinha nenhum tipo de envolvimento com práticas criminais, sendo assim, não existem outros motivos aparentes para uma execução em praça pública a não ser divergência política”, continua Talita.

O pré-candidato a deputado federal André Porciuncula postou um vídeo sobre o crime e cobrou uma posição do governo. (Correio24horas)