Na manhã desta quarta-feira, 1º de janeiro, Santa Maria da Vitória viveu uma reviravolta política que abalou o cenário local. Em uma surpreendente vitória da oposição, o vereador Firmino Tomaz (PT) foi eleito presidente da Câmara Municipal, derrotando o candidato apoiado pelo prefeito reeleito Tonho de Zé de Agdonio (União), Mazim Ataide. A derrota do prefeito, que contava com o apoio de sua base aliada, representa uma perda significativa de influência política.
A eleição para a presidência da Câmara teve um desfecho inesperado, com a oposição conseguindo se articular de forma eficiente para garantir a vitória de Firmino Tomaz. Além do Partido dos Trabalhadores (PT), a articulação contou com o apoio dos vereadores Lucas Braga e Luciano Gomes, ambos do PRD, e teve a interferência nos bastidores da deputada estadual Neuza Cadore e do deputado federal Afonso Florence. Apesar de Lucas Braga ter desistido da candidatura à presidência, sua aliança com a oposição foi crucial para o resultado.
Com o apoio de apenas dois vereadores do PT, Firmino Tomaz e Edineto Moreira, e o reforço de vereadores que faziam parte da base do prefeito, como Lucas Braga e Luciano Gomes, a oposição conseguiu reverter as expectativas e eleger seu candidato. A derrota de Mazim Ataide, apoiado pelo prefeito, enfraquece consideravelmente a base governista, que perde o controle da presidência da Câmara.
Esse episódio demonstra que as articulações políticas locais podem ser imprevisíveis e reflete a crescente influência da oposição em Santa Maria da Vitória. A perda da presidência da Câmara é um golpe significativo para a administração de Tonho de Zé de Agdonio, que agora enfrentará dificuldades para garantir o apoio legislativo.
Em seu discurso após a eleição, Firmino Tomaz agradeceu o apoio dos vereadores e enfatizou que a nova mesa diretora atuará com responsabilidade, sempre em defesa dos interesses do município. A Mesa Diretora para o biênio 2025/2026 será composta por: Lucas Braga como vice-presidente, Rivas Gramacho como 1º secretário, e Janio de Inhaúmas como 2º secretário.
A oposição se comprometeu a atuar de maneira construtiva, mas com um olhar crítico em relação à administração do prefeito. Agora, a gestão de Tonho de Zé de Agdonio enfrenta um cenário mais desafiador, com a presidência da Câmara nas mãos da oposição. A expectativa é de que, nos próximos meses, o prefeito precise ajustar sua estratégia política, buscando formas de lidar com uma Câmara mais independente e, possivelmente, mais difícil de controlar.
Essa vitória da oposição marca um novo ciclo político em Santa Maria da Vitória, com potencial para mudanças significativas nas relações entre Executivo e Legislativo.
