A Prefeitura de Santa Maria da Vitória, a 93 km de Bom Jesus da Lapa, passará por uma auditoria interna, em todas as secretarias vinculadas ao Executivo. A medida foi anunciada na manhã desta quarta-feira (6), durante entrevista do prefeito Tonho de Zé de Agdônio em uma rádio da cidade.
Durante sua fala, o prefeito fez uma avaliação do seu primeiro mês de governo, e destacou “que como não teve a transição de governo, a gestão ainda está tendo algumas dificuldades por falta de informações. Alguns arquivos do município foram violados, e inclusive até registramos algumas ocorrências nesse sentido, mas nem por isso deixamos de trabalhar”, disse.
“Ao assumirmos a prefeitura de Santa Maria da Vitória, no primeiro dia já entramos com 18 médicos, e conseguimos colocar medicamentos na UPA, no Samu e no Hospital. Todas as unidades de saúde hoje, graças a Deus, exceto Monte Vidinha que não está funcionando ainda, porque a sede que funcionava no passado ela não tem condição nenhuma e nem estrutura física para que pudesse estar funcionando. […] mas está sendo reformada para que se tenha uma estrutura melhor e os nossos médicos possam estar atendendo”.
O principal tema da entrevista de Tonho de Zé de Agdônio foi sobre a dívida que a prefeitura tem com o Instituto de Previdência Social – CAPREVAS, que era administrada nos últimos anos, no entanto, o último prefeito deixou de pagar a parte patronal de março de 2020 a dezembro de 2020. E que a nova gestão encontrou um débito de R$ 7.917.545, 67.
O prefeito afirmou, que diante da situação encontrada, foi feito uma audiência com o presidente do CAPREVAS, com a presença dos vereadores, e ele apresentou a situação, onde já existia 9 parcelamentos que dariam um valor R$ 34.293.370,73.
Tonho afirmou que é obrigação do prefeito pagar a dívida que tem com a CAPREVAS, no entanto a situação é grave, diante do valor que o município recebeu nesse mês, e seria inviável pagar com recursos próprios, já que o montante recebido pela prefeitura santamariense está dando apenas para cumprir as obrigações básicas. “Se o município de Santa Maria da Vitória tiver de pagar esses parcelamento, com a parte patronal, hoje você teria que pagar um valor mensal R$ 1.380.000,00 aproximadamente. Esse é o débito da CAPREVAS mensal. Se hoje tivermos que pagar folha de pagamento e CAPREVAS, nós teremos que fechar toda rede de saúde. Nós iremos ter que parar a educação e limpeza pública, porque o município não terá condição alguma de funcionar com esse débito”, disse.
Ainda sobre o tema, o prefeito destacou que a única forma que está sendo avaliada, que foi apresentada na reunião, é o município passar algum patrimônio para a CAPREVAS para tentar amenizar esse débito. E que a conta não paga pelo ex-gestor ficou para ele pagar, e que não irá fugir das responsabilidades, já que os servidores não tem culpa de nada.
Entre os principais temas apresentados, o prefeito também falou dos precatórios, que infelizmente foram gastos grande parte pela gestão anterior, e o que ficou deverá se usado para pagar dívidas de obras de escolas com valores altos.
O prefeito frisou que tudo está sendo documentado, para que a atual gestão não seja penalizada pelos erros encontrados, e que já foi iniciada uma auditoria na Secretaria de Saúde, e em seguida será a vez da Educação, e posteriormente na Secretaria de Obras. A gestão também irá contratar uma empresa para fazer uma auditoria na folha de pagamento da prefeitura.