Paratinga e mais cinco cidades tem situação de emergência decretada pela Defesa Civil do Estado

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Via A Tarde

Cheia do Rio São Francisco no município de Xique-Xique

Paratinga e Xique-Xoque, ribeirinhos do São Francisco, além de Mansidão, Mortugaba, Boa Vista do Tupim e Lajedo do Tabocal tiveram o decreto de situação de emergência por chuvas e enchentes reconhecidos pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) nos últimos dias. No total o estado estava, na quinta-feira, 27, com 207 municípios com decretos de emergência, a maioria deles homologados pelo estado e pela União.

Em Barra, município banhado pelo São Francisco e seu afluente rio Grande, o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do Serviço Geológico do Brasil, indicava na quinta 7,34 m acima da cota média do São Francisco, com tendência de subir 12 cm nas próximas 96 horas. O município tem 1.200 famílias desalojadas, representando cerca de 4.800 pessoas. Até a quinta, foram distribuídas 1 mil cestas básicas, 300 kits higiene, 400 m de lona, 200 fardos de água mineral, além de medicamentos.

Relatos

Morador da comunidade de Primavera, ribeirinho do rio Grande, o lavrador Carlos Santos Landim disse que, embora sua casa fique a cerca de 2 quilômetros da calha do rio, já foi tomada pela água e teve várias paredes de taipa derrubadas. “Nossa situação está crítica”, afirmou ele que mora com a esposa e cinco filhos, destacando que vizinhos também estão perdendo suas casas.

O pescador João Gonzaga também pediu ajuda para os ribeirinhos. “Porque a maioria perdeu as roças de mandioca, milho, abóbora e outras lavouras de subsistência”, disse.

No município, as equipes do Centro de Gerenciamento de Crise têm se deslocado para atender os moradores, na maioria das vezes por embarcações, de acordo com o coordenador da Defesa Civil local, Andersen Braga. Ele salientou que 45 comunidades precisam de ajuda e grande parte das estradas vicinais está com trechos alagados, impedindo ou dificultando a passagem de veículos. A região do município mais atingida fica perto da divisa de Barra com Pilão Arcado “onde temos mais de 30 comunidades afetadas”.

Na zona urbana, no bairro São Francisco, que abriga uma colônia de pescadores já está com diversas ruas e casas alagadas.

Sobre imóveis que estão caindo, Braga enfatizou que o município está elaborando um plano de recuperação e já solicitou ajuda do Sistema de Defesa Civil Nacional. A maior procura é por cestas básicas, lonas e atendimento médico de urgência, relatou, acrescentando que o município tem organizado visitas com equipes multidisciplinares às comunidades afetadas.