Moradores de Paratinga reclamam de água turva nas torneiras e cobram solução urgente

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Moradores de Paratinga, município localizado no oeste da Bahia, estão enfrentando sérios problemas com a qualidade da água fornecida pela cidade, que tem chegado às torneiras com aparência turva e imprópria para o consumo. A situação tem gerado preocupação e insatisfação generalizada, com os moradores cobrando uma solução imediata das autoridades responsáveis(veja as imagens).

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Segundo relatos dos habitantes, a água fornecida está com coloração alterada. Em muitos casos, os moradores têm evitado utilizar a água para atividades cotidianas como banho e até mesmo o consumo, temendo impactos à saúde.

Esse não é o primeiro problema enfrentado pela cidade relacionado à qualidade da água. No início deste ano, o Ministério Público da Bahia, por meio do promotor de Justiça José Franclin Andrade de Souza, já havia acionado judicialmente o Município de Paratinga e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para que regularizassem o fornecimento de água potável, devido à presença de coliformes fecais e E. coli, além de índices elevados de turbidez, que são indicativos de contaminação(relembre aqui).

O MP ingressou com uma ação civil pública, solicitando que, em caráter de urgência, o Saae atendesse aos parâmetros mínimos de adequação do serviço, e passasse a entregar água sem a presença de coliformes ou E. coli, e com índice de turbidez não superior a 5 UT (unidades de turbidez). A irregularidade foi detectada pela Vigilância da Água do Ministério da Saúde (Vigiágua), que apontou que das 38 amostras coletadas da água fornecida, 33 estavam acima dos limites estabelecidos.

O promotor José Franclin Andrade de Souza destacou que alguns dos pontos de coleta, com presença de coliformes e níveis de turbidez elevados, estavam localizados em unidades de saúde e escolas, expondo profissionais da saúde, alunos e pacientes aos riscos da água contaminada. Ele ressaltou ainda que até mesmo hospitais, creches e escolas infantis foram afetados, o que agrava ainda mais a situação, considerando a vulnerabilidade desses ambientes.

Na ação, o MP solicitava que a Justiça desse um prazo de cinco meses para a regularização do serviço, mas a resposta das autoridades locais foi insuficiente. Tanto o Saae quanto o Município foram convocados para prestar esclarecimentos durante a instrução do processo, mas permaneceram inertes. A Vigilância Sanitária Municipal reconheceu o problema, mas não deu prazo para a resolução da situação. Sem alternativas, o MP decidiu acionar judicialmente o Município.

Agora, com o retorno das reclamações por parte da população, os moradores de Paratinga aguardam que as autoridades tomem as providências necessárias para garantir o fornecimento de água de qualidade e segura, livre de contaminantes e adequada ao consumo humano.

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