Um grave acidente com uma embarcação do tipo empurrador de balsa foi registrado no sábado à tarde no Rio São Francisco na cidade de Carinhanha. Davi de Jesus, de 37 anos, morreu na após o afundamento do barco. O corpo foi encontrado na tarde desta segunda-feira (24), próximo a comunidade de Angico, há 25 km do local do acidente.
A notícia repercutiu em toda a região e surgiram diversos questionamentos sobre as circunstancias do acidente e se a tragédia poderia ter sido evitada e eventuais culpados. Apenas após a conclusão das investigações pela Marinha, essas e outras respostas poderão ser dadas.
A Marinha, através Agência Fluvial de Bom Jesus da Lapa, que atua no caso e informou que essas informações serão dadas após a conclusão do procedimento administrativo que a Marinha irá instaurar. Nele serão apuradas as causas, consequências e as responsabilidades a cerca desse acidente.
Nós perguntamos a Marinha informações sobre a legalização da embarcação, empresa ou pessoa proprietária, se o condutor era habilitado, quais serviços a embarcação poderia fazer no rio e as circunstancias do acidente, e mais uma vez foi informado que essas perguntas só poderão ser dadas após conclusão do procedimento administrativo.
Como de praxe, o caso será apurado através de um administrativo. Normalmente ele dura aproximadamente noventa dias. Isso não quer dizer que vá durar noventa dias.
Quatro pessoas estavam no empurrador de balsa. De acordo com o site local Alerta Bahia, a vítima seguia na referida embarcação com mais três amigos, o veículo deu entrada de ar, quando um dos integrantes foi até o motor e solucionou o defeito, mas no momento todos ficaram de um só lado do reboque, que acabou invadido pela água e afundou. O site ainda informa que Davi sabia nadar, mas por algum motivo não subiu e desapareceu no rio. Os outros três conseguiram se salvar flutuando até a chegada de socorro.
A Defesa Civil do município, que monitora a situação do rio e atua na prevenção de acidentes, disse que não sabe ainda se a embarcação é legalizada e aguarda a averiguação da Marinha e se legalizada, a embarcação só poderia trabalhar como empurrador de balsa. De maneira alguma como lazer, como estava sendo utilizada no momento do acidente.
E conclui que sobre a responsabilidade, “a Marinha vai abrir um inquérito administrativo para apurar o acidente, e então encaminhar para justiça convencional”.