Uma força-tarefa deflagrada nesta terça-feira (10) no oeste da Bahia investiga um esquema de sonegação fiscal envolvendo um grupo empresarial do setor de comércio varejista de ferragens, máquinas e produtos agrícolas. O grupo é suspeito de ter sonegado mais de R$ 8 milhões em ICMS, prejudicando o fisco baiano. A operação, batizada de “Kyrios”, cumpriu seis mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária nas cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, onde os suspeitos operavam.
A ação é coordenada pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), com a participação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Civil. As investigações revelaram que o grupo utilizava estratégias fraudulentas, como a inclusão de familiares e “laranjas” nos quadros societários, além de ocultação de bens e valores, indicando práticas de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além das prisões e apreensões, a Justiça determinou o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas, com o objetivo de recuperar os valores sonegados. O grupo também promovia uma sucessão empresarial fraudulenta e alterava os endereços fiscais das empresas, dificultando a fiscalização e o repasse do ICMS devido.
Embora o imposto fosse pago pelos consumidores, ele não chegava aos cofres públicos, resultando em prejuízos para a sociedade, que perde recursos fundamentais para a execução de políticas públicas e serviços essenciais. A operação contou com a participação de cinco promotores de Justiça, quatro delegados de Polícia, 20 policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), seis servidores da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), quatro servidores do MPBA e dois policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).