Famílias dos três trabalhadores vítimas de envenenamento em fazenda de São Félix do Coribe aguardam justiça após mais de dois anos

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Foto: Reprodução

Familiares dos três trabalhadores mortos em um envenenamento em uma fazenda de São Félix do Coribe, no oeste da Bahia, ainda buscam respostas após mais de dois anos do incidente. Em maio de 2022, sete trabalhadores que estavam na Fazenda Boa Vista, trabalnado na colhete da mamão,  ingeriram um líquido tóxico, pensando que se tratava de cachaça. O grupo consumiu metomil, um potente inseticida, que resultou nas mortes de Marcone Ferreira, de 35 anos, Vitor Oliveira, de 17, e Igor Gabriel, de 19, além de deixar outros quatro hospitalizados.

A Polícia Civil concluiu o inquérito apenas em outubro de 2024, dois anos e cinco meses após o ocorrido. A única pessoa indiciada foi Elis Regina Lopes Santos, fiscal da fazenda, que pode responder por homicídio culposo. Ela ofereceu o líquido aos trabalhadores, mas alegou não saber do que se tratava. A polícia a responsabilizou por negligência, já que deveria ter verificado a natureza da substância antes de oferecê-la.

O caso segue sob análise do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que ainda não decidiu se apresentará denúncia à Justiça. As famílias das vítimas, como a de Vitor Oliveira, que tinha um filho recém-nascido, e a de Marcone, cobram justiça e uma resolução para o caso.

A advogada das famílias, Linda Correia, afirma que o processo tem se arrastado devido à demora nas investigações, mas está pressionando o Ministério Público para que o caso seja levado à Justiça. Enquanto isso, a dor das famílias persiste, com a falta de respostas e a sensação de impunidade.

O caso continua sendo acompanhado pelas autoridades, mas, por enquanto, não há previsão de desfecho.