Brejolândia, Riachão das Neves, Mansidão, Baianópolis, Tabocas do Brejo Velho, Angical, Catolândia, Cristópolis, Cotegipe, São Desidério, Santa Rita de Cássia, Wanderley, Luís Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto e Barreiras, na região oeste da Bahia, estão entre os primeiros municípios do Estado a receber a vacina contra a dengue. O imunizante será disponibilizado pelo Ministério da Saúde em 39 regiões de saúde do país, priorizando aquelas com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. Essa iniciativa abrangerá mais de 500 municípios, sendo 115 baianos.
Ainda conforme o Ministério, a imunização começará em fevereiro, mas não será uniforme, devido à disponibilidade das doses. O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses.
O Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 6 milhões de doses — 5,2 milhões foram compradas do laboratório Takeda e 1,3 foram doadas. Com isso, o governo teve de definir critérios de priorização:
- Pessoas de 10 a 14 anos por estarem entre o público com maior número de internações pela doença.
- Os municípios de grande porte — que são aqueles com mais de 100 mil habitantes — e com classificação de alta transmissão de dengue do tipo 2.
- As cidades próximas a esses locais também foram incluídas no que o governo chama de “regiões de saúde”.
São necessárias duas aplicações para a imunização completa em uma janela de três meses.
O que é a Qdenga e como ela age?
A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.