A morte, na madrugada desta sexta-feira, 01, de Evanilde Alves Santana Farahe, de 42 anos, é o primeiro caso de feminicídio registrado este ano em Bom Jesus da Lapa na Delegacia da 24ª COORPIN da cidade. No ano passado, houve três ocorrências do tipo no município.
Segundo a Polícia Civil, Evanilde foi morta pelo próprio companheiro, identificado como João Batista Alves de Souza, de 34 anos, na residência do casal, situada no bairro Parque Verde, com mais de 14 facadas. E logo após o crime o suspeito fugiu do local.
A vítima foi encontrada pela polícia deitada em decúbito dorsal na cozinha, sem sinais vitais, com várias perfurações pelo corpo provocadas por arma branca.
Evanilde foi recolhida para o IML da cidade. E o autor do crime foi preso ainda na madruga, após sofrer um grave acidente de trânsito na estrada que liga Caetité as cidades de Igaporã e Bom Jesus da Lapa, enquanto fugia.
Feminicídio: pena de até 30 anos de reclusão
Feminicídio é o assassinato de uma mulher com discriminação de gênero, ou seja, devido à condição da vítima de ser do sexo feminino, podendo estar associado ou não a violência doméstica.
A Lei do Feminicídio é de 2015. Ela classifica o homicídio contra a mulher como crime qualificado, o que implica aumento da pena, e como crime hediondo, o que faz com que o réu seja submetido ao julgamento por um Tribunal do Júri, mais conhecido como júri popular. Enquanto um homicídio simples pode acarretar penas de 6 a 20 anos de reclusão, um feminicídio pode levar o condenado a cumprir de 12 a 30 anos.
Desde dezembro de 2018, um pacote sancionado pelo então presidente Michel Temer, com medidas de proteção às mulheres aprovadas pela bancada feminina no Congresso, prevê ainda mais rigor contra o feminicídio, como o aumento da pena em um terço se o autor tiver descumprido medida de proteção ou se o crime for praticado diante de filhos ou pais da vítima.
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