Com uma estrutura imponente, entrou em operação nesta segunda-feira(5) no município de Bom Jesus da Lapa o parque solar fotovoltaico da Enel Green Power, subsidiária brasileira do grupo italiano Enel, sendo considerado o maior projeto de geração solar em operação no Brasil.
Localizado a 6 km da cidade, ao lado da comunidade da Lapinha, na saída para Riacho de Santana, o parque é composto por duas usinas, com capacidade instalada total de 158 megawatts.
Lapa está localizada em uma área com altos níveis de radiação solar e, de acordo com a Enel, é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano. A energia é suficiente para atender às necessidades anuais de consumo de energia de mais de 166 mil lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) na atmosfera.
A Enel investiu cerca de US$ 175 milhões na construção do parque solar. O projeto foi concedido ao grupo em agosto de 2015 no leilão de reserva feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica e o contrato de fornecimento é de 20 anos.
Destaque para a alta tecnologia empregada no projeto.
O Governo do Estado da Bahia, através da Companhia Estadual de Recursos Hídricos do Estado da Bahia – CERB vai preparar o Projeto Executivo para os Estudos Técnicos da implantação da estação de tratamento de Água(adutora) do Projeto Formoso A e H.
O vereador Romeu Thessing (PC do B), informou que uma equipe técnica da CERB virá nesta quarta-feira (7) de Salvador para Bom Jesus da Lapa para realizar os estudos de campo.
Romeu tem se destacado na luta junto aos moradores do Projeto Formoso pela água potável, e tem articulado e participado de várias audiências em Salvador com as representações do governo, esse estudo que será feito pela equipe da CERB é fruto dessas articulações.
O Projeto Formoso, perímetro de irrigação implantado e mantido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que mesmo sendo rico na produção de fruta, e maior produtor de banana do Brasil, os moradores ainda não conquistaram o direito a água potável.
Na semana que os Paratinguenses devem comemorar os 120 anos de emancipação político administrativa de Paratinga, dia 25 de junho. A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura e Promoção da Igualdade Racial, vai realizar a Semana de Cultura Diversidade e Cidadania, com uma série de atividades para a comunidade.
A programação que inicia dia 17 e se estende até o dia 22, com vários eventos que buscam contemplar todos os públicos do município.
Nesta semana do Meio Ambiente a nossa equipe esteve presente no II Seminário de Orientação Funcional promovido pela Corregedoria Geral do Ministério Público da Bahia –MP/BA, em Bom Jesus da Lapa, nos dias 1 e 2 de junho, onde registramos as falas de diversas autoridades na área ambiental.
O Gerente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA de Barreiras, Eduardo Zenildo Soares, mostrou que de acordo os dados oficiais a realidade crítica da região Oeste.
O representante do IBAMA alertou para os vários impactos causados pelo agronegócio, e das escalas de devastação criadas pelos grandes projetos, em especial o MATOPIBA, (sigla que designa a região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), conhecida como a nova Fronteira Agrícola do Brasil,”.
Durante a sua explanação, o gerente afirmou que hoje essas regiões são as que mais tem sido ocupadas pelo agronegócio, e tem derrubado grande quantidade de áreas nativas para introdução de lavoura, causando grande impactos nos ciclos das chuvas e no processo de absorção das águas da chuva pelo solo, na diferença do processo de evapotranspiração nas áreas impactadas pela lavoura e as sem introdução de lavouras. “Durante a estiagem aproximadamente 60% da evapotranspiração (perda de água de uma comunidade ou ecossistema para a atmosfera, causada pela evaporação a partir do solo e pela transpiração das plantas) é menor nas áreas de cultivo, ou seja, você tem menos emissão de umidade em natura do que no cerrado, isso vai significar o quê? Quanto menos emissão, de menor a evapotranspiração, maior vai ser a quantidade de ar mais seco, e se você tem mais evapotranspiração o ar vai ser mais úmido”.
Segundo Eduardo, essa dinâmica é um dos fatores pela falta de chuva na região, as correntes de ar vindas da Amazônia responsáveis pelas chuvas por aqui, chegam nos chapadões no entanto voltam, batem na massa de ar seco, com isso vai retardando os períodos chuvosos. “Maior agricultura, você tem menos cerrado, menor volume de chuva, tá chovendo menos uma das explicações é essa aí”.
O pesquisador baiano, o antropólogo Altair Sales Barbosa, profundo conhecedor da região, aponta que restam apenas de 2% a 5% de áreas nativas dessa vegetação e que a devastação se alastrou pelo cerrado baiano, localizado no oeste do estado. “O que aconteceu ali é algo nunca visto na história da humanidade. Não existe mais nada de intacto lá. Só lavoura de um lado e do outro”. E chama a atenção para o desastre que significa o projeto do Matopiba, que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, grande produtora de soja, milho e algodão. Altair explica que, uma vez desmatado, o cerrado não se recupera “jamais”, por conta de suas características evolutivas. Com a perda da vegetação – que têm um sistema de raízes que funciona como uma “esponja”, sugando a água da chuva para o solo – há um impacto direto na alimentação das nascentes dos rios, que se espalham pela região. A previsão de Altair é que com menos água vários rios irão desaparecer de “maneira irreversível”, incluindo o São Francisco. “Se continuar da forma como está, é só uma questão de pouco tempo”. Para quem pensa que o problema está distante, nas profundezas do Brasil, vale lembrar das cada vez mais constantes crises de abastecimento de água nas grandes metrópoles, situação que, para o pesquisador, será “eternamente crescente”. “Vamos ficar o tempo todo pedindo chuva para abastecer represas”.
A Corregedoria Geral do Ministério Público da Bahia – MP/BA promoveu nos dias 01 e 02 de junho, em Bom Jesus da Lapa, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, o II Seminário de Orientação Funcional da Bahia do Biênio 2016-2018. O evento tem o objetivo de prestar orientação funcional para os promotores nas diversas áreas de atuação e também apresentar temas para a sociedade.
Foram convidados vários promotores da região, que atuam, principalmente nas áreas que serviram como temas apresentados durante os dois dias: Defesa da Moralidade Administrativa, Projeto Transparência nas contas Públicas, Cadastro Nacional de Adoção e Meio Ambiente.
Várias representações do Poder Público e organizações civis também fizeram parte dos discussões: Conselho Tutelar, Secretaria da Administração do Poder Executivo, Coordenador do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, Câmara Municipal, Igreja Evangélica, Sindicato dos Professores, representações de comunidades quilombolas, e seguimentos de defesa do meio ambiente da região.
Conforme Dra. Mariana, Promotora de Justiça de Bom Jesus da Lapa, foi importante a realização do II Seminário de Orientação Funcional no município, “porque aqui ficou muito tempo sem Promotor Titular, e hoje a cidade conta com três, por ter uma reclamação da sociedade”, disse.
Ela lembrou que a região sofre com a falta de promotores, e eventos como esse aproximam mais a população do MP. “É importante que encontros como esse continuem acontecendo”.
A proposta da Corregedoria do MP da Bahia de realizar seminários com essa linha de debate é algo inovador, o primeiro evento foi realizado em Juazeiro em 2016, e tem a proposta de aproximar mais o Corregedor do Interior baiano.
“Foi um grande Sucesso absoluto”! Em mais uma edição da Caravana da Cidadania, projeto do Governo Municipal de Paratinga, que leva até a zona rural, serviços de várias secretarias da Prefeitura com atendimento para vários seguimentos da população do interior do município. Essa segunda edição foi realizada no Barreiro Grande durante todo o dia, e mais uma vez contou com o apoio da Saúde, Agricultura, Assistência Social, Educação, Ascom, dentre outras, que durante toda manhã deste último sábado (3) se mobilizaram nas suas áreas para transformar a comunidade do Barreiro na sede da prefeitura por um dia. Serviços como atendimentos médico preventivo, vacinação, cadastro do bolsa família, oficinas de capacitação agrícola, artesanatos, cortes de cabelos, torneio de futebol, shows e manifestações culturais da localidade, movimentaram todo o barreiro grande e região vizinhas. O prefeito Marcel acompanhou de perto todas as ações realizadas, além de prestar atendimento também a comunidade. A noite a sossegada região do Barreiro Grande foi sacudida aos sons de Paredões, apresentação de quadrilha, shows com a Banda Detonados do Forró e o Super Show do Cantor Elson dos Teclados, que agitou o grande público presente neste evento.
O último dia 03 (sábado) foi instituído pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) como o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico. Campanha criada pelo CBHSF em 2014, com o tema: “Eu viro carranca pra defender o Velho Chico”, que marca o Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Rio São Francisco. O objetivo da campanha é de conscientizar a população sobre a preservação do rio e mobilizar todos pelo uso responsável dos seus recursos hídricos.
No município de Ibotirama foi realizada uma audiência com a participação dos comitês de Bacia Hidrográficas do Rio Corrente, Velho Chico e Paramirim. Participaram também do evento o Prefeito de Ibotirama, Terence Lessa e o Presidente da Câmara, Jean Charles, que no final do evento sancionou a Lei que cria o Dia Municipal em defesa do Rio São Francisco, comemorado no dia 3 de junho. A nova Lei propõem fortalecer as mobilizações e ações em defesa do Velho Chico no município.
Com o crescimento populacional das cidades ribeirinhas, muitas ações de degradações também aumentaram, demonstrando a necessidade de criação de políticas públicas pelos gestores, as quais atendam e busquem diminuir os impactos causados pelas ações da população e fortaleça a proposta de preservação dos recursos naturais, num processamento ativo de uma resposta aos problemas que afetam as comunidades.
Nesta madrugada de sábado para domingo (4), mais um Banco do Brasil da região foi explodido e assaltado por criminosos. Dessa vez, a vítima foi a pequena cidade de Iuiú, próxima a cidade de Carinhanha, que há cinco meses tambem teve a sua agência destruída.
Como sempre, utilizando técnicas de grupos terroristas, os criminosos, foram até a agência que fica no Centro da cidade e colocaram explosivos para ter acesso ao dinheiro do cofre do banco.
Com o impacto, o prédio ficou parcialmente destruído, o forro e vidros foram danificados, assim como vários equipamentos da agência.
Vizinhos do Banco do Brasil de Iuiú contaram que parecia que eles estavam no meio de uma guerra. Outros relataram prejuízos, já que comércios vizinhos também foram atingidos.
A quantia estimada levada pela quadrilha não foi divulgada.
Segundo a Polícia Civil, 22ª COORPIN, foram cerca de 10 homens armados que invadiram a cidade de Iuiu, quando tomaram de assalto um veículo Corolla e foram para o centro da cidade onde fizeram vários disparos de arma de fogo e estouraram o cofre do Banco do Brasil.
Segundo os agentes, populares pegaram as cédulas que ficaram espalhadas pelo local.
Os bandidos abandonaram o Toyota Corolla e um Fiat Palio na cidade de Carinhanha, na estrada que dá acesso a cidade de Feira da Mata.
Providencias: Perícia acionada
A situação foi comunicada ao Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO) e a Polícia Militar do Batalhão de Guanambi e homens da CIPE: Sudoeste fazem buscas pela região. Até o momento ninguém foi preso.
Comerciantes de Iuiú contaram que temem que a agência fique muito tempo funcionar, pois como acontece em outros casos, o comércio tende a diminuir suas vendas, já que menos dinheiro circula. Sem falar que os clientes precisam buscar opções em outras cidades.
A população de Ibotirama realizou na tarde deste sábado(3) uma caminhada em defesa da vida do São Francisco, pelo projeto ‘Eu Viro carranca para defender o Velho Chico, em comemoração e luta do Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, com a participação de diferentes representações. A multidão saiu da Câmara municipal e seguiu sentido do antigo cais, à beira do Rio São Francisco, segurando faixas e cartazes em defesa da principal fonte de água do Nordeste.
A marcha seguiu animada por músicas de artistas nordestinos que cantaram o Velho Chico, como Luiz Gonzaga e Mastruz com Leite. Ao chegar ao cais, o grupo de manifestantes, formado em sua maioria por e estudantes, se posicionou em frente ao palco para shows de artistas locais, como Paulo Araújo, autor da música tema da novela Velho Chico, Gerri Cunha, Cléber Eduão, Adriano Casa Nova, além da apresentação da peça teatral “Carranca”.
Veja o vídeo onde o representante da CPT narra a situação.
Pesquisadores independentes e representações de comunidades ribeirinhas, alertam que ao contrário do que muitos dados oficiais e representantes dos grandes empreendimentos falam, o rio São Francisco vive uma crise hídrica, situação que tem se configurando em função dos grandes empreendimentos nos principais pontos responsáveis pelas recargas dos rios que abastecem o velho Chico.
No II Seminário de Orientação Funcional promovido pela Corregedoria Geral do Ministério Público da Bahia –MP/BA, em Bom Jesus da Lapa, nos dias 1 e 2 de junho, Samuel Brito, representante da Comissão Pastoral da Terra-CPT, chamou a atenção das autoridades para a situação ambiental que é apresentada, onde dados oficiais dizem uma coisa, no entanto os povos vivem nas áreas atingidas sentem outra. “A realidade extrapola esses dados oficiais. […]Nós temos visto aqui no oeste da Bahia, na bacia do são Francisco uma situação que é a seguinte: primeiro se faz depois se licencia, e depois constrói o processo da outorga; então é um processo extremamente contraditório”.
O representante da CPT lembra que a empresa que fez o Plano Bacia do Rio São Francisco coloca uma conjuntura ambiental positiva que não corresponde com o atual quadro hídrico, dizendo que “a realidade do São Francisco é uma realidade estável, o São Francisco não está perturbado…, dizem que não tem essa degradação que a gente visualiza cotidianamente aqui na Bacia”.
Samuel Brito continua a alertar sobre a situação estudo técnico X a realidade. “A gente vive aqui essa dificuldade de lidar com essa situação, vem um é diz uma coisa; mas na prática a gente vê outra”.