Prestes a deixar o comando da União dos Municípios da Bahia (UPB), o ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, concedeu uma entrevista ao Bahia Notícias, nesta terça-feira(9), e fez um balanço dos dois mandatos consecutivos à frente da entidade, onde respondeu várias perguntas. Na oportunidade Eures afirmou, que acredita que em 2021 deve ser também um ano difícil para as prefeituras. E destacou que a esperança é que haja um socorro da União. Caso contrário, nas palavras do próprio, “80% das prefeituras vão fechar”.
Além dos diversos temas abordados, Ribeiro cobrou vacina e pediu volta às aulas. “A nova luta agora é a vacina. Todos os prefeitos estão se conscientizando da exigência dos governos federal e estadual para que se vacine a população, uma vez que não tem como mais fazer aquelas primeiras medidas [de isolamento]. Agora, a meta da UPB e da CNM é ampliar o número de pessoas vacinadas. É óbvio que no começo da pandemia cada um brigava por alguma coisa. Era o momento de fechar estrada, fazer isolamento social. Mas no momento que você tem a vacina, e lembra que aqueles fechamentos custaram emprego, a solução é vacinar as pessoas. E o movimento agora prima para que os governos estadual e federal, que é quem têm os recursos, possam adquirir as vacinas e repassar para as cidades”.
Sobre o retorno às aulas, o presidente da UPB disse que está muito preocupado. “Eu estou muito preocupado. É muito tempo sem o aluno na escola. E a referência de evolução social é na escola. Imagine um ano sem escola. Nós temos que ter uma solução. Se vai ser presencial, semipresencial, a questão é que não podemos ficar sem escola neste ano. Não dá mais. É muito tempo. Está na hora de a gente parar e refletir e ver o melhor jeito. Se o aluno vai um dia, o outro vai no seguinte para diminuir o fluxo. Se a gente consegue ir para um shopping por que a gente não consegue ir para a escola? E a gente não pode esperar a vacinação. Nem que seja à distância, semipresencial, a gente tem que começar alguma coisa. Isso é um prejuízo enorme. Um dia de aula perdido, você não consegue recuperar, imagine um ano. E o futuro dessa geração que só tem como alternativa de sobrevivência a escola nessa sociedade capitalista? É muito complicado”, disse.
Confira a entrevista completa no Bahia Notícia.