A crise hídrica que afetou o sudoeste estado em 2018, foi uma das mais fortes dos últimos anos para os moradores da cidade de Riacho de Santana, que sofreu com a escassez de água, vendo seu principal açude praticamente vazio.
Para minimizar a situação a prefeitura e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), tiveram que buscar de todas a formas alternativas para minimizar o sofrimento da população, reunindo-se com o governo Estadual e Federal. Abrindo vários poços artesianos, no entanto a única saída emergencial foi pegar água na cidade de Bom Jesus da Lapa.
Diante de muitas reclamações e cobranças, parece que a luta para construção de uma adutora do Rio São Francisco, pode se tornar uma realidade, e levar água tanto para Riacho de Santana, como para o município vizinho de Igaporã, que também sofre com a falta de água potável, depois que a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização ter aprovado, nesta terça-feira(27) o relatório que destina R$ 10 milhões para a construção da tão sonhada adutora que captará água do Rio São Francisco, em Bom Jesus da Lapa.
O valor proposto inicialmente para o investimento foi de R$ 50 milhões, porém, não houve disponibilidade orçamentária para atender a demanda e os 10 milhões serão utilizados para o início das obras.
Entenda a situação da crise hídrica de Riacho de Santana e Igaporã
Até o ano de 2006 a cidade de Riacho de Santana era abastecida por duas nascentes, uma chamada de Riacho Grande e a outra Riacho Pequeno, que ao se encontrarem formam o Riacho de Santana, que originou o nome da cidade. Só que com os sucessivos anos de seca, a vazão diminuiu e a barragem que foi construída para atender no período de falta de água, com cinco anos seguidos de poucas chuvas, não pegou volume de água suficiente. A barragem da Santana chegou ao estoque zero. Já a cidade vizinha de Igaporã, a água que abastece a cidade é de poços artesianos e de uma barragem construída na década de 1970. Desse modo, o abastecimento já está comprometido, especialmente no período de estiagem.