Síndrome do ninho vazio: o impacto da saída dos filhos de casa na vida dos pais

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Mulher sozinha em casa, em foto de arquivo; mães são as mais atingidas pela síndrome do ninho vazio Apesar de sentir-se realizada ao ver a única filha casar e estruturar uma nova vida, Hebe desmoronou quando se viu sozinha em casa, em 2017.

“Quando eu falava dela, sentia uma vontade incontrolável de chorar. A razão dizia que eu precisava construir novos laços, mas o sentimento era de não querer conversar com outras pessoas”, conta Hebe, hoje com 52 anos e viúva há 13.
Formada em Economia, ela trabalha como bancária há 29 anos em Jundiaí (SP). Apesar de gostar do trabalho, não conseguia lidar com a solidão e sentiu dificuldades para recriar a rotina, agora voltada para si e não mais para a filha Ana Carolina.

“É difícil não ter mais uma pessoa para cuidar e conversar. Eu não fazia muita coisa sozinha, a maioria do meu tempo era para ela, com ela e por ela”, diz Hebe. “Ela tinha atividades durante o dia, mas a gente sempre conversava quando ela chegava em casa, mesmo que fosse tarde da noite.

Fonte: BBC