Zeca Bahia será homenageado em Bom Jesus da Lapa nesta sexta-feira

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Foto: Reprodução (Zeca Bahia)

No dia 06 de fevereiro deste ano, Bom Jesus da Lapa foi surpreendida pelo falecimento de Zeca Bahia, aos 67 anos, vítima de falência múltipla de órgãos. O músico lapense deixou não apenas saudades e  boas lembranças, mas também composições cantadas  por grandes nomes da música brasileira, como PORTO SOLIDÃO gravada pelo eterno Jessé.

Em homenagem a um dos maiores artistas de Bom Jesus da Lapa, de 21 a 23 de dezembro, o Carranca Social Clube   será palco do encontro de Paulo Araújo, Sócrates Rocha, Kátia Castro, Josy Ara, Sandra Bahia, Cevisa Harmonia, Os Boêmios e Banda Soudkasa, no Sarau Canta Vale,  com  lançamento do CD Album Zeca Bahia, e  exposições de fotos do artista, em homenagem a Zeca Bahia.

Zeca Bahia é reconhecido como um dos maiores artistas de Bom Jesus da Lapa e da região, conhecido belas composições. Foram 286 canções gravadas, e o lançamento de dois LPs, Estrada das Canções e o Outro lado da Moeda. Com grandes composições que o colocaram entre os melhores compositores do Brasil.

Ao lado de Orlando Fraga, Nilzo e Evandro Brandão, Zeca fundou a banda Os Terríveis. Partiu ainda jovem para Belo Horizonte, Brasília e depois São Paulo, mas não sobreviveu só de música. Trabalhou na Abril Cultural, Folha de São Paulo; foi revisor de livro jurídico, de poesia e romance. Entrou no jornalismo, mas não concluiu o curso por conta da vontade de fazer arte que era maior.

O clássico “Ave Coração” foi a primeira música feita por Zeca Bahia em 1979 com a participação de Clodo Ferreira, que fez com que ele se tornasse um dos grandes compositores do cenário nacional. A canção foi consagrada na voz de Raimundo Fagner e gravada no LP “Beleza”, um dos títulos da vasta discografia de Fagner. Com versão em espanhol por Ferreira Gullar, “Ave Corazon” foi lançada por Fagner na Espanha.

Em 1980 o artista escreveu com a participação de Ginko, “Porto Solidão”, que no mesmo ano, na voz  inesquecível de Jessé, ganhou o prêmio de melhor intérprete no Festival MPB Shell da Rede Globo, imortalizando a obra. Escolhida pela imprensa nacional entre as cem mais belas canções do século, vendeu na época mais de 3 milhões de cópias. Foi gravada também por Altemar Dutra, Daniel e teve mais de cem regravações, em 43 países. “Porto Solidão” foi ouvida e cantada por milhões de pessoas, permanecendo com ótima aceitação por várias gerações até os dias atuais.

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