Manifestantes fecharam de forma pacífica a BA-160, durante esta quarta-feira(5), nos sentidos de Ibotirama/Bom Jesus da Lapa, Lapa/Riacho de Santana e Lapa/Malhada. O objetivo dessa primeira manifestação, de acordo com os organizadores é convencer o governo do Estado a executar a recuperação asfáltica do trecho Bom Jesus da Lapa/Malhada. Obra que afirmam, foi prometida pelo governador Rui Costa, mas nunca foi iniciada.
Os protestos foram organizados por lideranças quilombolas, igreja católica, movimentos sociais e algumas autoridades da região do Território do Velho Chico e contou com centenas de pessoas durante todo o dia. O ato começou no início da manhã, por volta das
Entulhos foram colocados nos dois sentidos da pista, impedindo a passagem de veículos e pessoas, e várias cruzes foram encravadas na terra, representando as vítimas que perderam a vida no trajeto da via. Apenas transportes de saúde e segurança passaram.
Pneus e cartazes também foram espalhadas pela pista. O objetivo era mostrar o objetivo da manifestação e a quantidade de pessoas que perderam as suas vidas em acidentes provocados pela precária situação da BA-160 no trecho Bom Jesus da Lapa/Malhada. As lideranças afirmam que a quantidade de pessoas foi reduzida pela organização por conta da pandemia da COVID-19, mas a ação de hoje foi histórica: pois mesmo com as dificuldades provocadas pela pandemia os protestos ocorreram normalmente.
Inicialmente o bloqueio seria por tempo indeterminado, até o governador aceitar dialogar com a população. Mas no decorrer do ato, os manifestantes disseram que o recado foi dado. “Agora cabe ao governador Rui Costa entender o que o povo precisa. Essa foi apenas a primeira manifestação. Mostramos a nossa indignação e o nosso sofrimento. Não vinhemos aqui pra causar violência, vinhemos aqui pra protestar por um direito que nos assegura a Constituição e que está sendo desrespeitado pelos governantes”.
As lideranças afirmam que os bloqueios não continuarão nesta semana e novas manifestações serão planejadas pelo movimento para os próximos dias.
O governo do Estado não enviou representante ao local e não sinalizou quando executará a obra pleiteada pela população que reside às margens da BA-160, nesse trecho.
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