Boa parte da chuva que cai em Minas Gerais desde o início da semana se encaminha para o leito do rio São Francisco. O nível do rio subiu consideravelmente nas últimas, principalmente após a foz do rio das Velhas.
Segundo dados da Estação Pluviométrica Automática da Agência Nacional de Águas (ANA), localizada na cidade de São Romão, no Norte de Minas, a vazão do Velho Chico saiu de 615 m³/s (metros cúbicos por segundo) registrados na última segunda-feira (20) para 4.740 m³/s registados às 02h desda segunda-feira (27).
Neste mesmo período, o nível do rio passou de 217 cm (centímetros) para atuais 722 cm.
A vazão e o nível do rio segue em trajetória de aumento acentuado desde sexta-feira (24). Somente neste domingo (26), o nível aumentou mais de 1,2 metros na cidade.
Para chegar até Malhada e Carinhanha, primeiras cidades da Bahia banhadas pelo rio, toda essa água precisa percorrer cerca de 330 Km. Por essa razão e pelas diferenças topográficas existentes entre as regiões, ainda é difícil prever quando e quanto o nível do rio subirá nestas localidades.
O fato de não haver nenhuma hidroelétrica no caminho é sinal de que vai haver alteração do nível do rio na Bahia. No entanto, por todo este trajeto não é possível encontrar nenhuma estação pluviométrica em funcionamento para fins informativos.
A maior parte da água que aumenta a vazão do São Francisco vem da cheia do rio das Velhas. O curso d’água que nasce no município de Ouro Preto é o principal vetor e escoamento de Belo Horizonte e de quase toda a região central do Estado. Só em Belo Horizonte choveu mais de 800 mm no mês de janeiro. Na sexta e sábado foram mais e 310 mm de chuva intensa.
No município e Várzea da Palma, o pluviômetro da ANA registrou o aumento significativo da vazão e do nível do rio das Velhas. A vazão cresceu mais dez vezes nos últimos sete dias, passando de 224 m³/s para atuais 2.320 m³/s. Já o nível saltou de 241 cm para 859.
As informações em tempo real sobre nível, vazão e precipitação podem ser encontradas no no aplicativo da Rede Hidrometeorológica Nacional.
Veja os gráficos de nível e vazão dos últimos (fonte: Hidroweb / ANA)
Com informações da Agência Sertão.