Focos de queimadas aumentam com tempo seco no município de Bom Jesus da Lapa

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Com o tempo quente e seco dos dos últimos meses, o número de queimadas preocupa a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Jesus da Lapa. De acordo com dados da Secretaria, nos últimos meses,  já foram registradas mais de 30 queimadas. Por conta dessa alta incidência, o período é definido como de estado de emergência, de alto risco ou risco crítico de fogo, em razão da baixa umidade do ar.  “Já perdemos esse ano mais de 600 hectares, e isso porque, tivemos o apoio do programa Bahia sem Fogo. Eles colocaram 15 homens aqui, por meio da solicitação da secretaria, e ficaram aqui quase 20 dias por aqui. Porém, mesmo assim com esses 15 homens, nós perdemos 600 hectares. E ia ser muito mais grave se esse grupo de homens não tivesse vindo, porque em torno das queimadas estavam os complexos de energia solar. Seis parques, seria um desastre. Um empreendimento de 800 milhões que poderia ser destruído”, disse o Secretario de Meio Ambiente de Bom Jesus da Lapa, Lúcio Flávio.

Ele destacou, que um dos fatores que tem gerados muitos incêndios é a forma que muitos agricultores  colocam fogo em suas propriedades, na sua maioria, sem nenhum tipo de critério. “O que a gente percebe, é que maioria dos focos acontecem pela falta de educação. É a queima descontrolada, caças predatórias. Eu tenho feito vários apelos, ido nas rádios, pedindo as pessoas que tomem mais cuidados, e façam as queimas controladas. Aqui a gente orienta, que tem que ter um horário específico para colocar fogo. Tem que ser no fim da tarde, ter um aceiro. Não estamos proibindo, mas tem que ter o cuidado, porque uma mata dessa ai, é uma ‘gasolina’ “, disse Lúcio.

“Esse semana chegou aqui dois produtores, e ontem chegou outro, o cara perdeu simplesmente, 20 hectares de pasto, toda renda que ele tinha. Agora você imagina, uma pessoa que não tem condição, e a área estava arrendada,  e que dependia do dinheiro do aluguel da área, perdeu toda sua renda. Nossa situação é séria nesse período de seca”, disse.

Lúcio frisou, que com o apoio do Prevfogo, todos os focos estão sendo acompanhados pela Secretaria de Meio Ambiente via satélite, no entanto, ele lembrou que o município é muito grande, com 4116 km², ficando impossível ir até todos os incêndios. “Sem contar que o Governo Federal reduziu os recursos, praticamente pela metade, o que causa um prejuízo em todo Brasil, que está sofrendo com a falta de ações, vinculada ao combate aos incêndios.  Mas, mesmo assim, temos buscado de todas as formas, com o apoio do nosso prefeito, assistir as  nossas demandas com a equipe que temos, e colocamos a disposição dos produtores, para orientar. É só [ o produtor] vir até a nossa Secretaria de Meio Ambiente”, finalizou.