Celebração de abertura da 327ª Romaria do Bom Jesus da Lapa relembra a história do fundador do Santuário

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

Milhares  de romeiros e romeiras  de  diversas regiões da Bahia e do Brasil participaram da celebração de abertura da 327ª Romaria do Bom Jesus da Lapa, na noite deste sábado(28), em Bom Jesus da Lapa (BA). Com o  tema “Como discípulos do Bom Jesus, cristãos leigos e leigas missionários comprometidos com a igreja em saída”. Que termina dia 5 de agosto, véspera da festa principal do santuário de pedra e luz, que atrai peregrinos de todo o Brasil.

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

Foi a primeira noite da novena preparatória, que teve na abertura uma apresentação feitas pelos jovens do Teatro do Santuário,  falando da  importância dos leigos e leigos para a Igreja. Destacando que o Santuário do Bom Jesus da Lapa é um espaço especial, que nasce e cresce as vocações para o laicato, tendo como referência o seu primeiro missionário, o Monge Francisco de Mendonça Mar, que aceitou a missão de ser um Peregrino.

A apresentação mostrou  que  história do Santuário começou, por meio de um leigo.

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

Na homilia, Dom João Cardoso dos Santos, Bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa, destacou a importância dos peregrinos, vindo de toda parte do Brasil, para rezar nos pés do Bom Jesus da Lapa, na 327 romaria, que começou por meio de um leigo. “São 327 anos de romaria. Tudo começou por meio da atuação de um leigo, o Francisco de Mendonça Mar. Que tocado pela graça de Deus, adentrou esses sertões, conduzindo a cruz do Bom Jesus, até chegar a essa gruta do Bom Jesus, a gruta do morro. Colocando entre nós, a Cruz do Bom Jesus. E assim, através do seu testemunho, atraia todas as pessoas ao Cristo Jesus. E até hoje, a espiritualidade do Monge, Francisco de Mendonça Mar, é vivida por nós”, disse.

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

Dom Dom João  destacou que o período da romaria é um momento  onde cada peregrino, leigos e leigas,  buscam no santuário, nos pés do  Bom Jesus, ouvir e refletir sobre a espiritualidade e vocação. E Citando o  tema do Ano Nacional do Laicato, “Vós sois o Sal da Terra e a Luz do Mundo”, o  bispo falou da  importância dos leigos e leigas para a Igreja. “Leigo é um Cristão batizado, é a pessoa que nasceu em Cristo pela graça do batismo, e vive a missão batismal, que é a Vocação Laical. Procurando se configurar como Nosso Senhor. Ficar parecido com o nosso Bom Jesus, e assim, vivendo as três dimensões da Vocação Cristã. Formando assim, um povo sacerdotal, um povo de profeta, um povo de pastores. O Cristão, Leigo e Leigas, por isso, é o povo de Deus”, frisou.

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

“Aqui é um momento de fortalecimento da nossa fé. Nós pés do Bom Jesus, a gente reza todo ano, sempre trazendo mais um para fazer parte desse momento. Hoje estamos com um grupo de mais de 50 pessoas, todos da nossa comunidade, rezando e pedindo proteção ao Bom Jesus”, disse dona Ana Gonçalves, de 46,  da região de Irecê(BA).

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Fotos: Uelder Negrão/Aquivos do Santuário do Bom Jesus

Já o senhor José Vieira, de 62 anos,  morador da região de Vitória da Conquista, que participa da Romaria do Bom Jesus há mais de 20 anos. Nada explica a emoção de visitar outra vez Bom Jesus da Lapa, entrar no Santuário, e participar dos momentos de reflexão e oração. “Está aqui representa, sempre, um recomeço. Aqui a gente reza e pede perdão, pedindo força para seguir a caminhada em nossas comunidades, fazendo o que o nosso Bom Jesus pede”, finalizou.

A estimativa  é que até o dia 6 de agosto, com diversas missas e procissão, milhares de pessoas passem pelo santuário, que recebe durante o ano todo cerca de  2 milhões de romeiros. Isso torna a cidade o terceiro maior ponto de atração do turismo religioso do país, atrás de Aparecida (São Paulo) e Juazeiro do Norte (Ceará).

História

O morro do Bom Jesus da Lapa  e suas galerias de grutas foram descobertos em 1691 pelo português Francisco de Mendonça Mar, que havia saído a pé de Salvador, peregrinando  pelo sertão, com uma imagem do Jesus crucificado e outra de Nossa Senhora da Soledade.

Situado na margem do rio São Francisco, o local foi utilizado como moradia pelo português, que abrigava viajantes nas grutas, que desde então passaram a ser referência para os cristãos que habitavam a região do vale do rio São Francisco, que margeia o município.

Economia

Com a chegada de novos moradores, a cidade, que tem no turismo religioso um dos pontos fortes da economia, surgiu no entorno do morro. Outras fontes de renda são o comércio,  a fruticultura do perímetro irrigado Formoso, se destacando como o maior produtor de banana do Brasil, a agricultura familiar, e agora com o maior parque solar em atividade do país.