Após tragédia que tirou a vida de quatro pessoas em Bom Jesus da Lapa, bombeiros alertam para riscos no Rio São Francisco nesse período do ano

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Equipe de mergulhares da 17° GBM BARREIRAS, os soldados BM Leonardo Miranda, Soldado Iure Barbosa e Rodrigo/Foto: José Hélio/Notícias da Lapa

Depois da tragédia que tirou a vida de quatro pessoas  no Rio São Francisco, em Bom Jesus da Lapa, no último domingo(27), o Corpo de Bombeiros Militar, que veio da cidade de Barreiras para ajudar nas buscas, fez um alerta para os riscos que banhistas correm ao adentrar nos rios da região, especialmente nas águas do Velho Chico  nesse período do ano, sem conhecer o local ou ingerindo bebida alcoólica.

Só nesse mês de outubro, foram registrados  09 mortes por afogamento na região. No dia 06, um rapaz de 26 anos morreu afogado na cachoeira do Redondo em Luis Eduardo Magalhães(relembre aqui). No dia 19, na comunidade de Mariápolis, zona rural de Serra do Ramalho, um homem de 31 anos se afogou enquanto tomava banho no rio São Francisco(relembre aqui). E no dia seguinte, 20, um homem desapareceu também, nas águas do Velho Chico, dessa vez na cidade de Ibotirama(relembre aqui).  Já no dia 26, foi registrado um outro caso, dessa vez em Barreiras, um professor e aluno da UFOB morreu afogado  na Cachoeira do Redondo(relembre aqui).  Por último, domingo(28), um homem de 46 anos foi encontrado morto, depois que saiu pra pescar no rio das Pedras, em Luis Eduardo Magalhães(relembre aqui). 

Soldado BM Leonardo Miranda/Foto: José Hélio/Notícias da Lapa

O Bombeiro especialista em mergulho, Soldado  Leonardo Miranda, do 17° GBM de Barreiras, conversou com a redação do site Notícias da Lapa, e na entrevista ele alerta e dá dicas para evitar afogamentos: “Não entre  em lugar desconhecido e sem guarda vidas, ou procure se informar com os moradores da área sobre o local, se é apropriado para banho. Evite entrar  sozinho no rio  ou  pulando na água, pois do lado de fora não tem como saber a profundidade”, disse.

Ele destaca, que nesse período de calor forte, os cuidados dos banhistas devem ser redobrados, já que muita gente vai para o rio e termina ingerindo bebidas alcoólicas. O bombeiro lembrou, que qualquer rio  oferece perigo e as condições de segurança devem ser sempre seguidas para que possam mitigar estes riscos.

Sobre  as quatro pessoas que  morreram afogadas, dois adultos e dois menores, no Rio São Francisco, na Ilha da Mariquinha, um dos adolescentes que banhava em um local, aparentemente de pouca profundidade, afundou em banco de areia[buraco], no desespero a mãe tentou salvar, depois o seu companheiro, e em seguida o outro menor,  sendo todos engolidos pela profundidade do local(relembre aqui).

Local onde um dos corpos foi encontrado, a mais de 300 metros onde os afogamentos aconteceram. Durante as buscas, nossa equipe presenciou diversas demostrações dos pescadores, dos risco dos bancos de área/Foto: José Hélio/Notícias da Lapa.

Sobre os bancos de areia no rio São Francisco, comuns nesse período do ano, o bombeiro explica que, nesse época é a mais perigosa para os banhistas, especialmente para quem não conhece, pois as pessoas entram pensando que é raso, e do nada se deparam com um buraco, um banco de areia, e afundam de vez. “Então, se você não souber nadar, e não tiver alguém para salvá-lo, as chances de sair do rio com vida serão  mínimas.  E evite ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar no rio”, destaca.

Ele sinaliza ainda, que além dos bancos de areia, também existem no rio os redemoinhos, onde, muitas vezes, a água está aparentemente calma, o que dificulta essa percepção do lado de fora, se há a presença deles. “Por isso a necessidade de conhecer bem o local que você vai entrar, e buscando sempre se informar com os moradores que moram ou convivem na área”, orienta.

SALVAMENTO

Leonardo também dá orientações  importantes para o salvamento de uma pessoa que esteja afogando. “Jogue um objeto, de preferência flutuante, como uma boia ou caixa de isopor para a pessoa se segurar e ser puxada para margem. Se não tiver, serve uma vara, uma calça ou uma corda. Nunca faça contato corporal com a pessoa que está se afogando, pois ela pode se desesperar e agarrar em quem a está salvando, fazendo com que ambos afundem”,  e afirma: “enquanto isso, alguém deve buscar ajuda”.

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