Os reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Três Marias, na região Central, e de Nova Ponte, no Triângulo, atingiram o volume máximo deste ano. Outras usinas da Cemig, como Emborcação, Queimado, Irapé e Camargos, também apresentam volumes superiores aos registrados na mesma data do ano passado. O destaque é a Usina Hidrelétrica de Três Marias, que não alcançava o percentual de 49,24% do volume útil há mais de cinco anos, desde junho de 2013. Sua operação é fundamental para a regulação do Rio São Francisco, no trecho entre a barragem e a Usina de Sobradinho, na Bahia.
Visando melhorar as condições de captação de água em Pirapora, no Norte de Minas, a Sala de Crise do São Francisco firmou acordo para alterar a vazão da usina para 120 m³/s, em vez dos 100 m³/s que vinham sendo praticados desde 15 de novembro deste ano. Três Marias foi um marco na engenharia brasileira porque sua construção, nos anos 1960, permitiu ao país adquirir conhecimento para a construção de grandes barragens de geração elétrica.
A concessão da usina se encerrou em 2015 e foi renovada por mais 30 anos, junto com outras 17 usinas leiloadas pelo governo federal. Entre as concessões renovadas no leilão pela Cemig estão algumas que se confundem com a própria história da empresa, como a própria Três Marias, Itutinga e Salto Grande. O gerente de Planejamento Energético da Cemig, Marcelo de Deus Melo, ressaltou o trabalho realizado nos últimos anos, em parceria com a comunidade e o poder público federal, estadual e municipal.
“Durante esse período de restrição, que o Sudeste do país enfrentou a partir de 2014, a gestão constante e cuidadosa da Usina de Três Marias permitiu que, mesmo nos momentos de maior dificuldade, fossem garantidos os recursos para o abastecimento humano e a dessedentação animal”, disse.