Concedido durante a gestão Temer, o último grande programa de parcelamento de débitos tributários do governo federal perdoou R$ 47,4 bilhões em dívidas de 131 mil contribuintes. Outros R$ 59,5 bilhões foram divididos em até 175 prestações. Os parcelamentos especiais permitem que empresas refinanciem dívidas com descontos sobre juros, multas e encargos – neste caso, o abatimento chegou a 70% nas multas e 90% nos juros. Em troca, o governo recebe parte adiantada do débito. Historicamente, no entanto, metade dos contribuintes volta à inadimplência. Parlamentares fizeram forte pressão sobre o governo Temer para tornar o Refis mais generoso. Com os abatimentos, a renúncia de 2018 só foi menor que o perdão de R$ 60,9 bilhões de 2008, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.