Um comboio de tanques militares israelenses e veículos blindados deixou a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (24), momentos após o início da trégua programada na guerra contra o Hamas.
O cessar-fogo temporário entrou em vigor às 7h pelo horário local – 2h no horário de Brasília. A pausa no conflito deve durar quatro dias e possibilitará a soltura de reféns capturados pelo grupo terrorista.
Minutos após o início da trégua, Israel acionou sirenes para alertar sobre possíveis ataques com foguetes contra comunidades israelenses na região da fronteira com a Faixa de Gaza.
Um porta-voz do governo de Israel disse que o Hamas lançou um foguete contra o país, violando os termos do acordo. No entanto, nenhum estrago foi reportado.
Enquanto isso, no Sul da Faixa de Gaza, palestinos foram vistos voltando para suas casas na região de Khan Younis. Caminhões também foram flagrados atravessando a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, com suprimentos.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que fizeram uma operação para explodir uma rota de túneis perto do Hospital Al-Shifa, um dos mais importantes da Faixa de Gaza, pouco antes do início da trégua.
“As Forças de Defesa de Israel concluíram os seus preparativos operacionais de acordo com as linhas de combate da pausa”, informaram os militares do país em comunicado.
Pelo acordo, os primeiros reféns capturados pelo Hamas começam a ser liberados nesta sexta-feira. A expectativa é de que mais de 50 reféns sejam soltos nos próximos dias. Israel prometeu prolongar a trégua em um dia para cada dez reféns adicionais que forem libertados pelo grupo terrorista.
O acordo também envolve a libertação de 150 palestinos mantidos como prisioneiros por Israel. Além disso, durante a pausa no conflito, a Faixa de Gaza deve receber caminhões com água, comida, auxílio médico e combustível.
Minutos antes do início do prazo para a trégua no conflito, as Forças de Defesa de Israel divulgaram um vídeo do porta-voz Avichay Adraee afirmando que a guerra não acabou. “A pausa humanitária é temporária. O Norte da Faixa de Gaza é uma zona de guerra perigosa”, disse.
Adraee também orientou os civis de Gaza para que todos permaneçam na região Sul do território palestino. O militar afirmou que viagens para a região Norte estão proibidas.