A PF (Polícia Federal) informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que encontrou “elementos concretos e relevantes” indicando que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu, quando era governador de Minas Gerais e senador, R$ 65 milhões em “contribuições indevidas” – ou seja, propina ou caixa dois.
Segundo a PF, há “elementos probatórios concretos de autoria e materialidade para se atestar que estão presentes indícios suficientes” de que Aécio recebeu os valores entre 2008 e 2011. Parte da quantia teria sido entregue fora do período eleitoral.
O documento enviado ao STF classifica a conduta como crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Caberá à Procuradoria-Geral da República decidir se Aécio será ou não denunciado pelos crimes.
Em nota, a defesa do deputado mineiro disse manifestar “sua absoluta perplexidade com as absurdas conclusões” do relatório e confiar no arquivamento da investigação.