por Leonardo Vieceli | Folhapress
Subiu para 22 o número de mortos após o naufrágio de uma embarcação na ilha de Cotijuba, em Belém (PA), na quinta-feira (8). A informação foi confirmada na tarde deste domingo (11) pela Segup (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará).
O número de mortos inclui 13 mulheres, cinco homens, três crianças e uma pessoa ainda sem identificação. De acordo com a Segup, 65 passageiros sobreviveram ao naufrágio.
As buscas foram retomadas no começo da manhã deste domingo. O corpo de uma mulher foi localizado a partir de um sobrevoo de helicóptero. Ele foi resgatado com ajuda de uma lancha e encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Outro corpo, ainda sem identificação, foi encontrado neste domingo dentro da embarcação que naufragou.
Já a Polícia Civil afirma que continua a busca para localizar os responsáveis pela embarcação.
“A Polícia Civil segue investigando o caso por meio de um inquérito policial, com diligências para ouvir testemunhas e levantar maiores informações sobre o ocorrido, inclusive para localizar os responsáveis pela embarcação para maiores esclarecimentos”, diz a secretaria.
A embarcação Dona Lourdes 2 havia saído da ilha do Marajó, também no Pará, rumo à capital do estado. Porém, naufragou antes de chegar ao destino na quinta.
A embarcação teria começado a naufragar por volta das 7h30, quando diversos passageiros passaram a entrar em contato com familiares para relatar que a casa de máquinas estava submergindo.
A embarcação partiu de um porto clandestino em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, e não possuía autorização para realizar transporte intermunicipal, segundo a Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará).
Conforme relatos coletados pela Secretaria de Segurança, a embarcação ficou cerca de uma hora sendo tomada pela água, mas a tripulação afirmou que não havia motivo para preocupação, pois outro barco seria encaminhado para que os passageiros fossem transferidos. Além disso, teriam recebido a informação de que não precisavam colocar colete salva-vidas.
Ribeirinhos da região utilizaram barcos próprios para levar passageiros até a faixa de areia das praias da Saudade, Vai Quem Quer, Praia Funda e Praia do Amor.
A Segup afirma ainda que as buscas continuam até que todos os procurados por familiares sejam localizados. Parentes de pessoas desaparecidas podem procurar o Grupamento Fluvial (avenida Arthur Bernardes, número 1.000) em Belém.
No local, eles são recebidos por uma equipe que presta informações, assistência psicossocial e atendimento a outras necessidades, diz a pasta.