O Ministério Público do Trabalho (MPT) transformou em inquérito civil a investigação preliminar aberta contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, após denúncias de assédio sexual e moral contra ele. A decisão é desta terça-feira (26).
O executivo deixou o comando do banco no fim do mês passado, depois que funcionárias da instituição relataram casos de assédio que teriam sofrido. No início de julho, o ex-gestor não se manifestou na primeira notificação do MPT.
Segundo o procurador Paulo Neto, que assina o documento, o inquérito foi aberto após considerar que a denúncia, em princípio, configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores.
O MPT também concedeu 10 dias para a CEF juntar ao inquérito cópia integral dos procedimentos administrativos decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 no canal interno contra Pedro Guimarães.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também reagiu e solicitou de imediato informações ao banco estatal sobre os mecanismos de prevenção e combate ao assédio existentes. A solicitação já foi feita pela presidente do TCU, ministra Ana Arraes, à Secretaria-Geral de Controle Externo.