A candidata a deputada estadual nas últimas eleições, Cleuzenir Barbosa, afirmou que existiu 1 esquema de lavagem de dinheiro no diretório mineiro de seu partido, o PSL, presidido na época pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Ela diz que Marcelo Álvaro Antônio sabia da atividade ilegal.
Em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, Cleuzenir afirmou que as candidatas do partido eram as responsáveis por “lavar”o dinheiro.
“Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles. R$ 10 mil foi o que me falaram que eu poderia ficar, foi aí que eu vi que tinha erro. Eles falaram que eu poderia fazer o que eu quisesse. Onde já se viu isso?”, questionou.
Nas acusações feitas para a polícia e para o Ministério Público, a ex-deputada afirmou ter sofrido pressão dos assessores do ministro: Roberto Soares e Haissander de Paula. Ambos teriam pedido de volta R$ 50 mil dos R$ 60 mil recebidos por ela do fundo eleitoral do PSL.
Roberto e Haissander alegaram que o dinheiro era de origem da mãe do ministro, mas quando a deputada foi investigar a origem do valor descobriu que era de 1 fundo de campanha eleitoral.
“E aí vi que era do fundo de campanha [público]. Como eu vou transferir, sendo que ele me pediu para arcar com as responsabilidades? Quando eles viram que não caí no esquema, não prestei para mais nada. Impediram que eu tivesse acesso à agenda do Marcelo”, contou.
Cleuzenir disse que tentou contatar outros assessores e o próprio ministro para contar o caso, mas não obteve qualquer retorno. Marcelo Álvaro era o comandante da sigla do partido em Minas e responsável pela montagem das chapas.