Pessoas que não trabalham diretamente na área da saúde ou que não têm os sintomas da Covid-19 devem receber a indicação para o uso de máscaras em algumas situações, de acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O ministro disse nesta terça-feira (31) que sua equipe prepara um protocolo que vai indicar diretrizes para produção das máscaras com TNT e também orientação para o uso do equipamento.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que apenas profissionais de saúde e pessoas com coronavírus ou com sintomas devem usar as máscaras. A restrição na indicação do uso vem sendo justificada por causa do risco de a manipulação inadequada das máscaras ampliar a transmissão e também pela escassez do produto no mercado nacional.
Por causa da falta do item, o próprio Ministério da Saúde já tinha dito que máscaras caseiras poderiam ser utilizadas por pessoas que estão com sintomas. A alternativa caseira busca deixar que as máscaras cirúrgicas – que estão em falta – sejam usadas somente para profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e atendentes em geral).
Nesta terça-feira, Mandetta sinalizou que estuda contar com outro tipo de máscara no esforço de contenção do coronavírus para a população em geral e para apoio a profissionais de outras áreas. “A gente mandou pesquisar primeiro, para saber se ela tem eficácia, ela serve perfeitamente bem”, disse Mandetta.
O ministro disse ter conversado com a indústria têxtil para uma “grande articulação” que permita que o item seja oferecido para pessoas que precisam “de reforço de barreira por conta da profissão”.
O ministro incluiu as máscaras de TNT (tecido não tecido) entre os itens que são necessários para enfrentar a epidemia, como a organização do transporte público, oferta de respiradores, telemedicina e mapeamento dos casos pelo Brasil, entre outros.
“O que a gente acha também é que (a oferta de máscaras) vai ser mais uma das condicionantes para que a gente possa abastecer o sistema de saúde e ao mesmo tempo manter um padrão social equilibrado em relação a essas questões”, afirmou Mandetta.