Ministro da Defesa propõe “votação paralela” com cédula de papel

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Coronel Marcelo Nogueira de Souza, ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e senador Eduardo Girão (Podemos-CE) durante audiência no Senado Roque de Sá/Agência Senado

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentou nesta quinta-feira (14) ao Senado, durante audiência pública, uma proposta de votação paralela no dia da eleição com cédulas de papel, em um suposto teste de confiabilidade do sistema eletrônico.

Na audiência, convocada pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE), Nogueira declarou que a medida funcionaria como um teste de segurança das urnas eletrônicas.

“A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral”, declarou.

O general explicou que “o eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas”.

O ministro ainda ressaltou que não existe “viés político” nas recomendações das Forças Armadas ao TSE e que vão de encontro com o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o sistema eleitoral.

“Nós, quando somos chamados a alguma missão, a dedicação é exclusiva, a gente vai fundo. Não queremos protagonismo. Jamais seremos revisores de eleições. Tudo que a gente tem feito é seguindo as resoluções do TSE. Talvez pela tradição, pela história que as Forças Armadas têm, pelo fato de terem se engajado mais fortemente nesse convite, talvez dê a impressão de que somos protagonistas. O protagonista é o TSE, é o povo, é a transparência e a segurança que a gente quer”, destacou.

O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou nesta quarta-feira (14)  que o sistema eletrônico de votação é seguro e ressaltou que não há riscos relevantes para a realização das eleições de outubro.