por Folhapress
Todas as gestantes e puérperas estão inclusas no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19, segundo decisão do Ministério da Saúde. A medida consta em uma nota técnica da pasta divulgada aos estados e municípios.
A vacina era indicada, até então, apenas para as gestantes com doenças preexistentes ou que já estavam em algum outro grupo previsto para receber a vacina, como trabalhadores de saúde, após avaliação de riscos e benefícios com o médico.
Agora, todas as gestantes, independentemente de doenças preexistentes, terão direito ao imunizante. Embora a pasta não tenha citado data específica, a estimativa é que a oferta da primeira dose ocorra até o fim de maio.
O ministério diz que a decisão pela inclusão das gestantes na campanha de vacinação considerou possíveis riscos e benefícios, a situação epidemiológica do país e dados que apontam aumento no risco de hospitalização de pacientes com Covid neste grupo.
Ainda conforme a pasta, mesmo que a segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19 não tenham sido avaliadas em gestantes, vacinas de plataformas de vírus inativado já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação, e levantamento feito pela pasta em recomendações nacionais e internacionais apontou parecer favorável à imunização.
“Considerando ainda o momento pandêmico atual no Brasil com elevada circulação do Sars-CoV-2 e aumento no número de óbitos maternos pela covid-19 ficou entendido que, neste momento, é altamente provável que o perfil de risco versus benefício na vacinação das gestantes seja favorável”, informa a nota.
CRONOGRAMA PARA O NOVO GRUPO
A vacinação das gestantes e puérperas deve ocorrer em conjunto com a vacinação de pessoas com comorbidades, como diabetes, hipertensão e outros fatores de risco; e pessoas com deficiência, segundo esclarece o Ministério da Saúde.
Mas esse processo deve acontecer em duas fases. Na primeira, devem ser vacinadas gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Já a segunda inclui o restante das gestantes, independentemente de condições preexistentes.
As gestantes com comorbidades devem comprovar a situação através de exames, relatórios ou receitas médicas, esclarece a pasta. A estimativa é que existam hoje cerca de 3 milhões de gestantes e puérperas no país.
O ministério também orienta é que a imunização aconteça independentemente do tempo de gestação, e nos casos das puérperas, que a amamentação não seja interrompida.
Ainda segundo a pasta, é necessário respeitar o intervalo de no mínimo 14 dias entre a aplicação da vacina da gripe e outras indicadas a gestantes e a administração da vacina da Covid-19.