O Movimento Brasil Livre (MBL) iniciou, nesta sexta-feira (3), uma série de atos no País a favor da aprovação da proposta de reforma da Previdência no Congresso.
A primeira manifestação ocorreu durante a tarde no Rio de Janeiro, na Cinelândia. Uma foto publicada no Twitter do vereador Leandro Lyra (Novo-RJ) mostra membros do MBL com cartazes estampando as frases “Tire sua dúvida sobre a reforma da Previdência” e “Você é contra? Me convença”.
Em sua página no Twitter, o MBL divulgou um cronograma para os próximos atos, que devem ocorrer em várias cidades do País nos próximos dias. “Contra as mentiras da Previdência e em defesa da reforma mais importante do século, o MBL vai às ruas! Vamos montar mesas, barracas e convencer a população a lutar pelo fim dos privilégios e para garantir o futuro da nação”, diz um post do movimento.
Em São Paulo, está previsto para ocorrer um ato no domingo, 5, na Estação Capão Redondo. As cidades de São Caetano e Santo André também devem registrar manifestações do MBL a favor da reforma, no domingo, 5. Em Brasília, o ato deve ocorrer no dia 4, na Praça dos Três Poderes. Outros 19 Estados também devem contar com atos a favor da proposta enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso.
Durante a tarde desta sexta-feira (3), a hashtag #BrasilQuerUmTrilhao figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter brasileiro. Por meio da hashtag, internautas, entre eles membros do MBL, criticaram a possível desidratação da reforma, que prevê uma economia de R$ 1,237 trilhão em 10 anos, segundo contas da equipe econômica do governo.
Após ser aprovada por 48 votos a favor e 18 contra na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara, no dia 24 de abril, a reforma da Previdência está sendo analisada, agora, na Comissão Especial. É nessa fase que se esperam as maiores modificações na proposta enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso.
Na quarta-feira, 1º, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou uma plataforma virtual, chamada “Na Pressão”, para pressionar parlamentares a votarem contra a reforma. No mesmo dia, as maiores centrais sindicais do país realizaram atos unificados do Dia do Trabalho nas capitais e em cidades do interior, com a reforma da Previdência como alvo. No 1º de Maio também foi aprovada pelas centrais uma greve geral, que deve ocorrer no dia 14 de junho.
A reforma da Previdência é considerada essencial pelo governo para equilibrar as contas públicas. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar, durante café da manhã com jornalistas, em 25 de abril, que, se a reforma não for aprovada, “o caos vai se instalar”. “Sem a reforma, ninguém mais vai confiar no Brasil”, disse o presidente.
Após passar pela Comissão Especial, a reforma da Previdência ainda precisa ser votada em dois turnos no plenário da Câmara – e para ser aprovada precisa ter 3/5 dos votos dos deputados (308) nos dois turnos – antes de ser encaminhada ao Senado.