Por Folhapress
A Odebrecht e seus principais executivos foram poupados de medidas drásticas por integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, que desejavam fechar um acordo de delação premiada, aponta reportagem da Folha e do Intercept Brasil, com base em mensagens obtidas.
Os diálogos apontam que os procuradores avaliaram até obrigar os donos da empreiteira a vender suas ações, para um afastamento completo dos negócios após a delação.
Também foi cogitada a possibilidade de impedir a empresa de pagar os advogados dos delatores e se responsabilizar pelas multas impostas aos executivos, para evitar a preservação do patrimônio acumulado com a corrupção na companhia.
As medidas, entretanto, acabaram deixadas de lado com o avanço das negociações, para não inviabilizar o acordo com a Odebrecht, que era um dos maiores grupos empresariais do país e entrou em crise quando foi atingido pela Lava Jato.