A PF (Polícia Federal) agendou para esta semana quatro depoimentos de pessoas suspeitas de integrarem um suposto esquema de registros falsos de vacinação contra a Covid-19. Para esta terça-feira (16), estão previstos os depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu ex-assessor Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército.
O objetivo inicial da PF era ouvir Bolsonaro no dia 3 deste mês, quando foi deflagrada uma operação que prendeu seis suspeitos de atuarem no esquema de inserção de dados falsos no sistema eletrônico do Ministério da Saúde. Na ocasião, o ex-presidente foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa em Brasília e teve o seu celular apreendido. A defesa de Bolsonaro, no entanto, pediu o adiamento do depoimento porque queria ter acesso ao inquérito.
Para quinta-feira (18), está marcado o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, um dos suspeitos presos. Quando foi detido, ele optou por ficar em silêncio porque seus advogados não haviam tido acesso aos autos.
Na sexta (19), será a vez da oitiva da esposa de Cid, Gabriela Santiago Cid, que, assim como Bolsonaro, teve dados falsos inseridos no sistema do Ministério da Saúde.
Segundo a PF, o suposto esquema teria sido colocado em prática com a ajuda de agentes da prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Bolsonaro nega participação nas supostas fraudes. “Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final”, declarou o ex-presidente quando o caso veio à tona.