O governo federal discute a possibilidade de redução do intervalo entre as doses da vacina da Pfizer aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. Segundo relatos feitos por técnicos do Ministério da Saúde, uma diminuição de oito para três semanas entre as duas doses é avaliada pela pasta.
O menor intervalo é previsto na bula do imunizante e, na avaliação de especialistas em saúde, seria adequada diante do cenário de aumento das internações pediátricas e retorno das aulas presenciais.
A decisão de redução do intervalo, segundo integrantes da pasta, dependerá da disponibilidade de doses da vacina. A aprovação da CoronaVac para pessoas de 6 a 17 anos, de acordo com técnicos da pasta, fortalece a discussão, já que aumentou a oferta de imunizantes para crianças e adolescentes, diluindo a demanda.
Antes da aprovação da CoronaVac, a logística de distribuição das vacinas atrapalhava a redução do intervalo da Pfizer, já que havia menor oferta de imunizantes nos postos de saúde. Agora, com a redução da demanda, haverá possibilidade de maior oferta do imunizante da Pfizer, permitindo um intervalo menor entre as doses de vacina.
A decisão de adotar o período de oito meses entre as duas doses foi justificada pelo Ministério da Saúde, no ano passado, como uma maneira de aumentar a eficácia do imunizante e reduzir riscos de efeitos adversos.
O Ministério da Saúde recebeu, nesta segunda-feira (24), mais 1,818 milhão de doses da vacina da Pfizer destinada a crianças entre 5 e 11 anos de idade. Com isso, as entregas da farmacêutica norte-americana somam 4,3 milhões de doses pediátricas até o momento. De acordo com a pasta, o lote conseguiu ser antecipado em três dias.
O próximo carregamento de vacinas, com mais 1,8 milhão de doses, tem previsão de chegada na primeira semana de fevereiro.