O Palácio do Planalto tenta adiar a instalação da CPI para investigar casos de corrupção no MEC (Ministério da Educação). Nesta terça-feira (5), haverá uma reunião no Senado para traçar o futuro da comissão. Em outra frente, a oposição busca uma aliança com o PSD, segunda maior bancada e que pode ser determinante para os rumos da investigação.
Apesar de a CPI nem sequer ter sido criada, líderes governistas e da oposição iniciaram uma ofensiva para fechar um acordo com o PSD e assim obter o controle em uma possível investigação do balcão de negócios no MEC. Na reunião com os líderes da Casa nesta terça, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, busca dividir com os partidos a responsabilidade pela decisão de instalar ou segurar a comissão investigativa.
A ideia do governo de obter apoio político para retardar a instalação da comissão até depois das eleições também conta de imediato com o endosso de algumas das principais bancadas do Senado, como o Podemos. Num cenário em que a maioria é favorável ao andamento da CPI já a partir desta semana, as investigações só devem começar em agosto. A tendência é que Pacheco aguarde as indicações do membros da comissão durante o recesso do Legislativo (que deve começar em duas semanas).
Após reunião com os líderes da Casa, Pacheco prometeu uma decisão no início desta semana. O encontro deverá expor um racha entre os partidos. Mesmo dentro do PT há dúvidas em relação aos benefícios com a criação da CPI em meio à campanha eleitoral.