Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros oito Estados houve queda e no Amapá não houve avaliação.
Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve reajuste médio de 1,64% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,914. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 2,39% sobre a semana anterior, a maior alta entre todos os Estados no período, de R$ 2,682 para R$ 2,746 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 10,37% nos postos paulistas.
Além de São Paulo, no período mensal os preços do etanol subiram em 19 Estados e no Distrito Federal e caíram em cinco unidades da Federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação. A maior alta mensal, de 14,18%, foi em Mato Grosso. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 8,33% na comparação mensal. O Maranhão registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,45%, e o maior recuo mensal também foi de um Estado nordestino, a Paraíba, com 4,30%.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,349 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,800 o litro, em Rondônia. Apesar da disparada nos preços, São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,746 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 4,040 o litro.
Vantagem econômica sobre a gasolina
Com a queda de 2,32% nos preços médios na semana passada, o etanol ganhou competitividade sobre a gasolina na Paraíba. Os preços médios do biocombustível permanecem vantajosos também nos cinco Estados entre os maiores produtores do País – São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso -, além do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Com o recuo, a paridade na Paraíba ficou em 69,13%. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,62% do preço da gasolina, em Goiás em 60,15%, em São Paulo por 61,04% e em Minas Gerais a 61,30%. No Paraná a paridade está em 65,39%, no Rio de Janeiro em 67,94% e no Distrito Federal em 68,68%. Na média brasileira, a paridade é de 61,71% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.
A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 84,52% para o preço do etanol.