A CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou que 76% das indústrias relataram que reduziram ou paralisaram a produção em razão da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a entidade, o levantamento foi realizado entre entre 1º e 14 de abril e ouviu 1.740 empresas. A pesquisa também informa outros dados, entre os quais: 70% relataram queda no faturamento; 59% relataram dificuldades para cumprir pagamentos correntes; 45% relataram inadimplência dos clientes; 44% relataram que os clientes cancelaram as compras; 22% relataram piora no acesso ao crédito;
21% relataram falta de insumos.
Segundo a CNI, a soma dos percentuais não dá 100% porque as empresas podiam relatar mais de uma situação. A pandemia foi declarada em março pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A OMS e as autoridades de saúde recomendam medidas restritivas, como o isolamento social, para evitar a disseminação ainda maior do vírus.
Em todo o mundo, países que adotaram medidas de isolamento mais rigorosas conseguiram evitar uma disparada dos casos de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus. Em países onde as medidas demoraram mais para serem adotadas, como Itália e Estados Unidos, o número de casos e de mortes é maior.
No Brasil, muitos setores da indústria brasileira não pararam, como construção civil, energia e alimentação, por exemplo, considerados essenciais.
Empregados e dificuldades
De acordo com a pesquisa, 95% das empresas informaram ter adotado medidas em relação aos funcionários em resposta à crise; 15% informaram ter demitido empregados.
As medidas mais adotadas foram o afastamento de empregados dos grupos de risco e a promoção de campanhas de informação e prevenção, com medidas extras de higiene na empresa, ambas adotadas por 65% das empresas.