Por Folhapress
O novo coronavírus já atingiu 90% (5.021) das cidades brasileiras e continua avançando pelo interior do país, segundo o Ministério da Saúde. Desse total de municípios, 74% têm apenas de 1 a 100 casos.
Além disso, 2.551 (45,8%) dos municípios registraram algum óbito.
“A distribuição de casos vem diminuindo nas capitais e aumentando no interior, vamos ver como se comporta nas próximas semanas. Os óbitos nas capitais também vêm diminuindo e aumentando no interior”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, nesta quarta-feira (1º), em entrevista no Palácio do Planalto.
Ele lembrou ainda que, por causa da interiorização da doença, o programa Diagnosticar para Cuidar passará a ofertar testes também para pacientes com sintomas leves na atenção básica.
O Ministério da Saúde, de forma geral, avaliou que no país o número de casos aumentou e o número de óbitos está se estabilizando, um indicativo de que o país pode estar chegando a um platô em relação às mortes.
“Quando olho o número de óbitos verificamos que, embora elevado, com o passar das últimas semanas existe uma certa estabilização. A gente já começa a ver algum alívio quando percebe que alguns hospitais de campanha estão sendo desmontados”, disse Correia.
Dados apresentados pela pasta nesta quarta apontam que o país registra 1.448.753 casos confirmados, com 60.632 mortes.
O cenário da epidemia, porém, variou pelo país de uma semana para outra.
Segundo o ministério, todas as regiões tiveram aumento de casos. A região Sul teve crescimento mais significativo –47% no número de casos e 37% no número de óbitos.
Na mesma linha, o Sudeste teve aumento de 13% dos casos e 11% do número de mortes. O Nordeste registrou crescimento do número de mortes e casos –5% de novos casos e 6% de novas mortes.
No Centro-Oeste houve disparo do número de mortes. O crescimento dos óbitos foi de 36% e 9% do número de casos.
A região Norte teve aumento de 23% dos casos e foi a única que teve redução de mortes, foram 15% a menos.
A pasta divulgou ainda que 148.785 pessoas (44,7%) foram internadas e 54.294 (64%) morreram com síndrome respiratória aguda grave. A maioria tem mais de 60 anos, era do sexo masculino e pardo.
Das pessoas que morreram, 60% apresentavam algum fator de risco, principalmente cardiopatia, diabetes e doença renal.