Visando combater erros e irregularidades no pagamento do auxílio emergencial, a CGU (Controladoria-Geral da União) cruzou informações da base de dados do benefício, concedido pelo governo federal por conta da pandemia do novo coronavírus, com informações disponíveis pela União e constatou que, somente no mês de maio, R$ 222,9 milhões foram pagos de forma indevida.
Ao todo, 317.163 pagamentos a agentes públicos de 23 Estados, cujos CPFs foram incluídos para o recebimento do auxílio, foram realizados. De acordo com a Controladoria, a esfera federal conta com 7.236 pagamentos a beneficiários que constam como agentes públicos federais com vínculo ativo no Sistema Integrado de Administração de Pessoal e 17.551 pagamentos a CPFs que constam como servidores militares da União, ativos ou inativos, ou pensionistas.
Já nas esferas estadual, distrital e municipal, foram identificados 292.376 pagamentos a agentes públicos, ativos, inativos e pensionistas. O órgão destaca que, pela forma como é realizada a operacionalização do benefício, é possível que os servidores não tenham feito solicitação para o seu recebimento, mas que tenham sido incluídos como beneficiários do auxílio emergencial de forma automática.
Há também a possibilidade de que o CPF tenha sido inserido como solicitante do auxílio de forma indevida por outra pessoa e não necessariamente pelo próprio servidor.