Câmara dos Deputados gasta quase R$ 12 milhões em viagens oficiais de parlamentares e servidores

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Missões oficiais são viagens para a participação em eventos relacionados ao trabalho do Legislativo ou a assuntos tratados na Câmara Foto: Reprdoução

A Câmara dos Deputados pagou R$ 11,9 milhões para custear passagens aéreas, diárias e adicionais para missões oficiais de parlamentares e servidores no primeiro ano da atual legislatura, em 2019. Esse montante é 50,3% maior do que as despesas do ano anterior, quando o valor registrado foi de R$ 7,9 milhões, segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

O valor das despesas com missões oficiais em 2019 também é 17,7% superior ao registrado no primeiro ano da legislatura anterior, em 2015. Naquele ano, foram desembolsados R$ 10,1 milhões com gastos em missões oficiais. Os comparativos foram feitos com os valores já corrigidos pela inflação.

As missões oficiais são viagens feitas por deputados ou servidores para participar de eventos relacionados ao trabalho do Legislativo ou a assuntos tratados na Câmara. Essas viagens precisam ser autorizadas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e as despesas não são contabilizadas dentro do valor reservado para a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, que já garante um dinheiro mensal para gastos de deputados com passagem aérea, hospedagem, combustível, aluguel de escritório, contratação de consultoria e de serviços de segurança, entre outros.

Em 2019, 217 deputados e 62 servidores da Câmara viajaram para missões oficiais no Brasil e para 106 cidades de 61 países. Após o retorno, em até 15 dias, cada viajante precisou apresentar um relatório sobre as atividades da viagem. No entanto, 212 relatórios referentes a 2019 continuam “pendentes”, segundo o site da Casa.